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Nacional
Segunda - 23 de Junho de 2014 às 09:47
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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JPL-Caltech/ASI/Cornell/NASA
Vulto foi chamado de “ilha mágica” por pesquisadores que ainda investigam sobre do que se trata
Vulto foi chamado de “ilha mágica” por pesquisadores que ainda investigam sobre do que se trata

Cientistas investigam um vulto misterioso que apareceu e sumiu em um lago gigante no Titã, a maior lua de Saturno. Eles avistaram o objeto em uma imagem tirada pela sonda Cassini, da Nasa, no ano passado, que fica a mais de um bilhão de quilômetros da Terra. Imagens do mesmo local não conseguiram identificar nada em momentos anteriores e posteriores.

Na fotografia capturada, o vulto é um pouco mais do que uma mancha branca em uma imagem granulada tirada do hemisfério norte de Titã. O local distorcido poderia ser um iceberg que se soltou da costa, um efeito de bolhas ou ondas rolando em toda a superfície do lago, dizem cientistas.

Astrônomos nomearam a bolha de “ilha mágica” até que se tenha uma ideia melhor do que se está olhando.

— Nós não podemos ter certeza do que é ainda, porque nós só temos a imagem de um momento, mas não é algo que você normalmente vê em Titã — disse Jason Hofgartner, cientista planetário da Universidade de Cornell, em Nova York.

A terra de Titã está cheia de dunas de hidrocarbonetos que se elevam acima dos lagos que são alimentados por rios de metano e etano líquidos. E o ar é misturado com cianeto de hidrogênio letal. A maior lua de Saturno - há outras 60 menores - é o único lugar fora da Terra conhecido por ter líquidos estáveis em sua superfície e a chuva caindo de seus céus. A sonda mapeou dezenas de lagos e os três maiores são nomeados com nomes de bestas mitológicas: Kraken, Ligeia e Punga.

A equipe americana fez a descoberta curiosa enquanto debruçava-se sobre imagens de radar de Ligeia, um mar de 150 metros de profundidade, que se estende por centenas de quilômetros no hemisfério norte de Titã. Entre as fotografias tiradas em 2007, 2009 e 2013 havia uma com um pedaço branco estranho, com cerca de seis milhas ao largo da costa sul.

Com 12 milhas de comprimento e seis milhas de largura, o ponto brilhante aparece em uma imagem de 10 de julho de 2013, mas não aparece em fotos do mesmo local tiradas anteriormente e em 26 de julho do mesmo ano. Hofgartner disse que a equipe havia descartado qualquer erro no equipamento de imagem de radar que poderia resultar em alguma distorção na imagem.

Em março, alguns dos pesquisadores que trabalharam com Hofgartner informaram que podem ter sido vistos vislumbres de ondas pequenas em outro mar de Titã, a Punga. Instrumentos a bordo da Cassini descobriram que a luz solar refletindo no mar era mais brilhante do que o esperado em determinados lugares, um efeito que pode ser causado pelo bater das ondas na costa.

Ainda há esperança de explorar a lua, com duas outras missões da Nasa. Uma das opções seria um balão soltar um drone para mapear a superfície. E a outra visa liberar um submarino para explorar o maior dos mares de Titã, o Kraken.





Fonte: Do G1

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