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Educação
Quinta - 05 de Dezembro de 2013 às 20:31
Por: Marianna Marimon

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Univag
Univag
Os professores do Centro Universitário Univag estão sem receber salário desde outubro. Denúncias já chegaram ao âmbito do Ministério Público do Trabalho (MPT) desde a última semana, porém, devido a demanda, o órgão ainda começa a analisar o teor das mesmas. Ao atrasar o salário dos profissionais da educação, a Univag está descumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2009 e que estipula multa de R$3 mil por dia de atraso salarial mais R$500 por profissional em situação irregular.
 
 
 
Conforme informações de professores denunciantes que preferiram não se identificar, anteriormente, a Univag havia repassado que o salário de outubro, novembro, dezembro, 13º salário e férias seriam pagos no dia 5 de dezembro. Agora, sequer há previsão. 


 
O setor financeiro da instituição foi procurado para se posicionar, mas a pessoa identificada apenas como “Nelson” disse que não poderia falar sobre o assunto. Ao ser questionado dos atrasos salariais, Nelson recusou responder e repassou a responsabilidade à reitoria, porém, a reportagem entrou reiteradas vezes em contato, e não houve resposta.


 
Se contabilizados os atrasos salariais referentes a outubro e novembro (já que os proventos vencem no dia 5 do mês subsequente), a multa já chegaria a R$180 mil, sem somar os valores de multa referentes aos profissionais. 


 
Ao longo deste ano, os professores sofreram atrasos constantes na folha de pagamento. Contudo, nenhum atraso perpassou o próximo mês, como ocorre desde outubro. 


 
Um professor denunciante que preferiu não se identificar para não sofrer retaliações dentro da instituição, revela que todos os profissionais estão sem perspectiva de receber os atrasados em dezembro, já que agora o Departamento Financeiro da instituição alega que não há prazo. 


 
“Todas as vezes que ligamos no Departamento Financeiro da instituição (isso quando conseguimos falar com alguém) é o senhor Nelson quem nos atende para dar explicações, educadamente sempre da mesma forma: "tivemos um probleminha na arrecadação esse mês" e quando perguntamos de uma possível previsão, ele diz sempre: "não temos previsão, temos que aguardar e torcer para uma liberação do banco em Brasília". "Torcer"? 


 
Parece até que estamos em um time de futebol ao invés de uma instituição educacional”, se indigna o professor.


 
Outra crítica é referente as obras para o curso de Medicina, cujo vestibular já foi realizado e com isto, os profissionais questionam sobre os recursos, devido ao fato de que a folha de pagamento não está sendo paga. 


 
Além disto, o profissional critica o fato de que a Univag tem cobrado constantemente, inclusive impondo metas aos professores, que se chegue ao conceito 5 do Ministério da Educação (MEC), já que atualmente possui conceito 4. 


 
“Como que uma instituição que não paga seus professores pode ter um conceito desses? Onde está a qualidade de vida de nós professores do Univag? Que além de tudo, trabalhamos com muitas turmas superlotadas”, questionou. 


 
A situação está tão crítica que professores já cogitam pedir demissão para poder receber o acerto devido aos constantes atrasos salariais. Agora, cabe ao Ministério Público do Trabalho fazer valer o TAC firmado em 2009 e aplicar a multa na instituição para resguardar os direitos dos profissionais. 


 
À reportagem do Olhar Jurídico, o MPT garantiu que ‘fará tudo o que estiver ao alcance’ e que as denúncias serão analisadas, mas, não se sabe quais providências serão tomadas. A assessoria do MPT explicou que uma das providências é acionar a instituição para cumprimento do TAC. Na próxima segunda-feira (9), o MPT ficou de dar novo posicionamento acerca das denúncias recebidas. 





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