Nenhuma testemunha, de sete arroladas, compareceu no Tribunal do Júri na tarde desta sexta-feira (6) para depor no julgamento de Alessandro Silva da Paz, 24 anos, apontado como um dos mandantes do assassinato do jornalista Auro Ida. Até o fechamento desta edição, o júri ainda não havia terminado.
A sessão começou com quase duas horas de atraso porque a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira decidiu convocar o investigador Ildomir Bezerra Ferreira, da Delegacia de Homicídios (DHPP), que trabalhou na apuração do crime. No auditório, poucas pessoas acompanharam a sessão.
Nem mesmo a namorada do jornalista, Bianca Nayara Corrêa de Souza, que estava ao lado dele no momento do assassinato, apareceu para testemunhar. Bianca não foi localizada para ser intimada. Ela não moraria mais no endereço que consta no processo.
Informações dão conta que Bianca teria fugido para se encontrar com o ex-marido, Rubens Alves de Lima, apontado como mandante do assassinato. Rubens, acusado de planejar o crime por ciúmes da ex-mulher, está foragido e com prisão preventiva decretada.
Auro Ida foi morto com seis tiros (nuca e tórax) na noite de 21 de julho de 2011, por volta das 23 horas, no bairro Jardim Fortaleza. Ele estava dentro do carro conversava com a namorada quando o assassino se aproximou.
Identificado dias depois como sendo Evair Peres Madeira Arantes, vulgo ‘Baby’, o autor dos tiros foi julgado e condenado a 15 anos e seis meses de prisão em agosto deste ano. Bianca, que recebeu ordem de ‘Baby’ para descer do carro, durante as investigações policiais declarou que o local era escuro e que por isso não viu o rosto do assassino.
Para o promotor Marcos Bulhões dos Santos, que atua na acusação, esse é um crime esclarecido, cujo processo apresenta provas suficientes para a condenação. Alessandro está denunciado por homicídio qualificado - motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa do réu defendeu a tese de negativa de autoria do crime.
