O Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá condenou o jovem Jéferson da Costa Siqueira a 28 anos e três meses de prisão e Luciano de Oliveira Santana a 30 anos e seis meses pela chamada “chacina do Tijucal”, em que três jovens foram executados numa residência do bairro Tijucal. O crime aconteceu no início de 2009 e ainda deixou duas pessoas feridas.
O crime foi motivado por um acerto de contas. O julgamento presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira terminou ontem de madrugada, após cerca de 12 horas de julgamento.
Para o promotor criminal João Augusto Gadelha, a pena ficou adequada, uma vez que a sentença representa o fim de linha para os dois, que estão presos desde a época da chacina.
No entendimento do representante do Ministério Público, os dois fizeram opção pela vida criminosa. Lembrou que eles respondem a outros processos, incluindo um por homicídio.
No local da chacina morreram Caio César Pereira Mendonça, de 20 anos, e Vitor Hugo Queiroz Pereira, de 15, que morava na casa – os dois, assassinados com tiros na cabeça. Vitor Thiago da Silva Araújo, de 19, morreu no Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC) horas depois.
Ficaram feridos Alex dos Reis, de 19, e Alan Douglas Queiroz Pereira, de 19, irmão de Vitor Hugo. Na casa, havia uma adolescente de 15 anos que escapou ilesa.
As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que o alvo era Vitor Hugo e os demais morreram porque estavam “no lugar errado e na hora errada”.
Vitor Hugo foi executado com cinco tiros, sendo quatro na cabeça e um no ombro. Ele morreu tentando pular o muro dos fundos. Ao lado dele, os policiais apreenderam um revólver calibre 38. Caio César, por sua vez, foi executado com quatro tiros, sendo três na cabeça e um nas costas.
Vitor Thiago foi assassinado com quatro tiros, sendo quatro na cabeça e um nas costas. Alan foi baleado no tórax e o outro ferido, atingido por um tiro nas costas.
Os dois criminosos que invadiram a casa 11 da rua 108 do Tijucal procuravam exatamente o adolescente Vitor Hugo. Eles chegaram perguntando pelo garoto, mas acabaram executando Caio César, que estava sentado no sofá. Ele tiinha ido até a casa num Celta preto buscar a adolescente de 15 anos, namorada de Vitor. Esperava a garota se aprontar para levá-la.
O que chamou a atenção dos policiais é que dos dois pistoleiros, apenas um atirou. O outro estaria carregando uma arma, mas seria para “garantir” que não houvesse defeito na pistola ou acabasse a munição “sem completar o serviço”.