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Politica Brasil
Quinta - 05 de Dezembro de 2013 às 08:31
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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A Polícia Federal ameaça fazer greve durante a Copa do Mundo e as eleições de 2014. Os profissionais reclamam de falta de efetivo e falta de condições de trabalho. A sede da superintendência da PF, em Cuiabá, funciona parcialmente há quatro meses por problemas estruturais no prédio. 


Nesta quarta-feira (4), os policiais federais do Estado aderiram à paralisação nacional de 24 horas. Apenas 30% do efetivo foi mantido nas quatro delegacias regionais e na superintendência. Esta é a terceira vez que os profissionais de Mato Grosso protestam este ano. Eles haviam feito manifestos parecidos nos meses de agosto outubro. 


Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef), Erlon José de Souza, se não houver melhorias a categoria irá cruzar os braços durantes os dois maiores eventos do país em 2014. “O governo tem gastado bilhões com as obras, mas não consegue meio milhão para reformar um prédio que está pondo em risco a vida dos agentes?” 


Conforme o presidente, há quase meio ano, os profissionais denunciaram que o prédio, onde funciona a superintendência da PF, na avenida do Historiador Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá, está com pane na parte elétrica. A situação é tão grave que eles precisaram dividir os turnos para não sobrecarregar a estrutura e diminuir o risco de incêndio. “Dividimos o nosso efetivo, que não é grande, para minimizar os problemas, mas mesmo assim a situação é delicada. Apenas um dos elevadores pode ficar ligado, as salas precisam fazer rodízio para usar o ar condicionado porque se não cai o padrão ou corremos um risco de um curto-circuito e até incêndio, porque a fiação não suporta a carga elétrica”. 


Outra antiga reclamação da categoria é o pequeno número de profissionais em virtude da larga extensão territorial do estado. A PF do Estado conta com aproximadamente 300 servidores, porém ele calcula que seriam necessários ao menos 800. “Ano que vem teremos um dos maiores eventos esportivos no Estado, sem o efetivo ser a metade do que realmente precisamos.” 


Erlon ainda criticou o edital do último e o tempo hábil para convocar e capacitar os novos concursados. “O número de concursados não atende as nossas necessidades, além disso não dará tempo para o mundial”. 


PERITOS CRIMINAIS - Os peritos criminais de Mato Grosso também paralisaram as atividades ontem. Eles protestaram contra as más condições de trabalho. A mobilização havia sido decidida na assembleia da categoria realizada no último dia 29. Conforme o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT), foram mantidos apenas os atendimentos a acidentes e crimes contra a vida. 


O Estado conta com 140 peritos, contudo, segundo o Sindpeco, o número de profissionais é insuficiente para atender toda a demanda. Para os servidores, seriam necessários pelo menos 600 peritos. 





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