Mato Grosso encerrou mais um mês com números positivos para o segmento revendedor de combustíveis. Conforme dados publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de janeiro a outubro foram comercializados 3,41 bilhões de litros, volume que em apenas dez meses representa 91,5% de tudo que foi negociado nos postos do Estado no ano passado. O etanol segue como o produto de maior expansão anual, alta de 35% sobre o acumulado de janeiro a outubro do ano passado.
Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo), os números mostram que Mato Grosso mantém a curva de crescimento no consumo de combustíveis ao longo de 2013 e em comparação ao ano passado.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o etanol hidratado registra consumo de 395,89 milhões de litros, ou 35,24% sobre os 292,71 milhões de litros contabilizados em período de 2012. O volume comercializado somente em outubro, pouco mais de 45 milhões de litros é recorde para série estadual nos meses de outubro e é também a maior quantidade movimentada no ano. A gasolina C fechou os dez meses de 2012 com 493,99 milhões de litros e no mesmo intervalo deste ano registra perdas, foram 482,23 milhões de litros. O óleo diesel cresceu 13,66% ao passar de 2,09 bilhões de litros para 2,29 bilhões em igual período deste ano.
“Em outubro de 2013, crescemos 10,9% no consumo de etanol hidratado, 0,7% na gasolina C e 10% no óleo diesel, em relação ao mesmo mês de 2012”, aponta o diretor-executivo do Sindicato, Nelson Soares.
Apesar os números ascendentes, a tendência reiterada por mais um mês não é novidade para o segmento, pois desde o começo do ano o etanol e o óleo diesel vêm acumulando números positivos, enquanto a gasolina tipo C reporta perdas na preferência do consumidor. “No acumulado de janeiro a outubro, o etanol cresceu 35,2%, a gasolina C reduziu 0,7% e o óleo diesel aumentou 10%. Considerando o ciclo Otto (gasolina C + etanol) crescemos 11,6%, enquanto que a média Brasil é de 4,8%. O comparativo dos volumes acumulados de janeiro a outubro, no Brasil, traz os seguintes números: etanol +7,7%, gasolina C + 4,1% e óleo diesel com + 5,5%”, acrescenta Nelson.
Na avaliação do diretor-executivo do Sindicato, o forte crescimento do volume de etanol (35,2%), em Mato Grosso, se deve ao aumento da frota de automóveis, na sua maioria flex. Ele aponta que é preciso considerar também a paridade de preços entre a gasolina e etanol. O valor do combustível derivado da cana de açúcar mantém-se abaixo de 70% do valor do produto proveniente de petróleo há mais de dois anos. “Os veículos flex permitem a escolha do combustível a se utilizar em função do custo na bomba. Em geral é mais econômico, do ponto de vista do combustível, abastecer o veículo com etanol quando o preço do litro for inferior a 70% do valor da gasolina, pois o ganho no desembolso compensa a perda de autonomia”, explica.
Já o crescimento do diesel está relacionado ao desempenho do segmento agrícola que bate recorde de produção a cada safra. Cerca de 70% de todo o óleo diesel demandado no Estado vem da necessidade do campo, especialmente na agricultura pelo intenso uso de maquinários, uma hora plantando e outra colhendo. (Com assessoria)