A eleição para escolha do novo presidente do Legislativo Municipal deve se polarizar em torno de dois nomes. Os vereadores Onofre Júnior e Adilson Levante, ambos do PSB, recuaram da disputa. Ainda lutam pela presidência Júlio Pinheiro (PTB) e Chico 2000 (PR).
Os parlamentares candidatos correm contra o tempo em busca de apoio. Desde o termino da sessão plenária de terça-feira (2), quando João Emanuel (PSD) renunciou ao cargo máximo da mesa diretora, eles vêm se articulando nos bastidores.
Ontem (4), ambos passaram todo o dia reunidos com seus respectivos grupos. Buscavam o convencimento daqueles que ainda não haviam se decido.
Os dois socialistas que ameaçaram participar do pleito, mas desistiram, já declararam estar ao lado do vereador republicano.
Júlio Pinheiro, no entanto, levou vantagem. Por conta de sua experiência – presidiu a Casa antes de João Emanuel -, conseguiu cooptar o apoio de pelo menos 13 parlamentares, entre eles, Juca do Guaraná (PT do B), Lueci Ramos (PSDB), Ricardo Saad (PSDB), Adevair Cabral (PDT), Lilo Pinheiro (PRP), Domingos Sávio (SDD), Wilson Kero Kero (SDD), Clovito Hugueney (SDD) e Toninho de Souza (PSD).
Chico, por sua vez, conta com um grupo de oito, composto, entre outros, por Adilson Levante (PSB), Faissal Kalil (PSB), Dilemário Alencar (PTB), Haroldo Kuzai (SDD) e Mário Nadaf (PV).
A tendência é que Júlio saia vitorioso. Isto porque o Solidariedade deve baixar uma resolução determinando que sua bancada apoie o candidato petebista. O objetivo é “enquadrar” o líder do partido na Câmara, Haroldo Kuzai, que está ao lado de Chico 2000.
Vereadores que fazem parte do grupo de Júlio, todavia, também podem mudar de ideia. Alguns têm participado das reuniões dos dois candidatos.
Tanto Júlio quanto Chico também tentaram conquistar o apoio do prefeito Mauro Mendes (PSB), já que ambos fazem parte da base governista na Casa de Leis. No entanto, o chefe do Executivo parece que não querer intervir. Apesar disso, chegou a participar de algumas reuniões com os parlamentares.
Desta forma, a base segue rachada, o que pode acarretar em uma nova composição dos grupos de situação e de oposição após a eleição.
O pleito suplementar para escolha do substituto de João Emanuel, que renunciou após a deflagração da operação Aprendiz, será realizado na manhã de hoje (5). O eleito ficará à frente da mesa diretora por apenas por um ano.
Após ser afastado por duas decisões judiciais, João Emanuel deixou o cargo definitivamente nesta terça-feira (2). Ele é acusado de envolvimento nos crimes de grilagem de terras, falsificação de documentos e desvio de recursos públicos.
O afastamento, determinado em duas esferas do Judiciário – cível e criminal - é reflexo da operação Aprendiz, deflagrada pelo MPE, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
