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Quarta - 04 de Dezembro de 2013 às 05:31
Por: YURI RAMIRES

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A professora e diretora da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Juara, Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira, está sendo ameaçada de morte por mensagens enviadas em seu celular. Temendo uma possível concretização das ameaças, ela levou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual (MPE). 

As ameaças começaram a ser feitas no dia 26 de novembro, após a professora receber mais de 30 ligações por dia do número desconhecido. Ao atender, ninguém falava nada. Diante disso, ela passou a ignorá-las. 

Na sexta-feira da última semana, ela recebeu a mensagem de texto dizendo que sua morte seria apenas uma questão de tempo, fato que a deixou mais assustada e fez com que ela procurasse a delegacia de polícia. 

Inicialmente, as mensagens estavam sendo enviadas para o celular institucional da Unemat, porém também foram recebidas em seu número pessoal. Lisanil afirma ter certeza que o autor das mensagens está dentro do campus da Unemat ou tem contato com alguém de dentro da unidade. 

A afirmativa da professora é baseada no conteúdo de uma mensagem que mencionava um fato ocorrido dentro da instituição. No caso, após uma explosão no campus ela recebeu a seguinte mensagem: "Fogo não é perigoso, não é?". 

Ela ainda argumenta que após registrar um boletim de ocorrência e comunicar para algumas pessoas da universidade, o celular institucional que ela usava acabou sumindo. No mesmo dia em que procurou a polícia, recebeu a mensagem: "Me denuncia e verá o que sou capaz". 

Lisanil afirma ainda que há uma ligação entre o autor das mensagens com as denúncias infundadas de que foi vítima nos últimos meses e cujos autores está processando na Justiça por denúncia caluniosa, injúria e má-fé. Ela não citou nomes. 

Responsável pela investigação, o delegado Carlos Henrique Engellman se limitou em dizer que a polícia irá trabalhar inicialmente com a identificação dos donos dos celulares que estão enviando as mensagens. Ele acredita que ameaças não serão cumpridas devido à dimensão que o caso ganhou. 

Atuando há sete anos no campus, a professora relata que já sofreu vários tipos de agressão, tal como verbal, física, e ameaças por redes sociais. Porém, decidiu não ficar calada com a atual situação. "Espero que a minha morte não se concretize, espero continuar lutando por uma educação pública de qualidade", finalizou. 





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