O coordenador da “Operação Aprendiz”, promotor Marcos Regenold, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), divulgou uma nota de esclarecimento após a repercussão negativa de uma declaração feita durante uma entrevista ao site MidiaNews.
O promotor esclarece que em momento algum quis desrespeitar a classe dos advogados, a qual sempre nutriu profundo respeito e admiração. “O contexto da entrevista faz menção aos criminosos de colarinho branco, à corrupção, bem como a natural atuação de seus advogados na contraposição da acusação”, diz trecho da nota.
Conforme já divulgado pelo Olhar Jurídico, em determinado momento da entrevista, Regenold declarou que “A defesa sempre vai tentar atrapalhar a acusação; ela é paga para isso. E às vezes os bons advogados dos acusados são pagos com dinheiro público roubado da população, que deveria ir para o leite das crianças, para os paraplégicos, para aqueles que precisam de hospital.
A declaração não soou bem para os advogados e a Ordem dos do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT) divulgou uma nota repudiando a fala de Regenold.
Na nota, o promotor afirma que “em momento algum houve individualização ou generalização relativa a nobre atividade advocatícia, apenas menção de que criminosos desse naipe possuem condições de contratar grandes bancas para sua defesa, porque tem acesso ao dinheiro dos contribuintes”.
Regenold cita ainda que, mesmo em relação à Operação Aprendiz, este signatário não fez qualquer menção à pessoa do advogado do principal investigado, não obstante esse causídico ter afirmado em diversos meios de comunicação deste Estado, que os membros do GAECO são desonestos e agem de má-fé, algo que, em que pese a ofensividade das palavras utilizadas, entendo como excessos naturais falados em momento de emoção.
Na segunda-feira (3), por unanimidade, o conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou proposta de “desagravo coletivo” contra declaração dada pelo promotor.