A presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do secretário-geral da sigla e atual ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e do senador Cristovam Buarque na Convenção Estadual do partido em Cuiabá confirmou o nome do senador Pedro Taques como candidato de oposição ao Governo do Estado em 2014.
A convenção do PDT realizada neste sábado, que reconduziu o deputado estadual Zeca Viana à presidência da sigla no Estado, serviu para sacramentar a candidatura de Taques. O senador ficou com o cargo de vice-presidente.
Em seu discurso de abertura, Lupi afirmou que o encontro estadual significava a “largada para um futuro de mudanças”.
"É um time de primeira, gente que ama realmente Mato Grosso, gente que quer mudança, quer um Estado voltado mais para o social, para ética e eu fico feliz que essa convenção é uma espécie de largada para nosso futuro"
“Eu já vejo aqui, pela fotografia que sairá nos jornais, que com esse time a Copa do Mundo está ganha. É um time de primeira, gente que ama realmente Mato Grosso, gente que quer mudança, quer um Estado voltado mais para o social, para ética e eu fico feliz que essa convenção é uma espécie de largada para nosso futuro”, disse.
“Nós não podemos fazer campanha ainda, nós ainda não temos a oficialização de uma candidatura, mas nós estamos pavimentando o terreno. A Copa do Mundo também é 2014 e eu só tenho uma certeza: nosso time será campeão”, completou o presidente nacional.
Para Manoel Dias, o evento é uma consolidação de Taques. “Mato Grosso é um dos estados que mais cresce e o PDT vem vigoroso em 2014 como o crescimento de Mato Grosso”
Alianças e palanque
Além da cúpula nacional do PDT, estiveram presentes durante coletiva à imprensa, o presidente regional da sigla, deputado estadual Zeca Viana, o prefeito Mauro Mendes (PSB), a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), os vereadores da Capital Adevair Cabral (PDT) e Renivaldo Nascimento, e a ex-senadora Serys Shlessarenko (PTB).
A presença da ex-parlamentar, inclusive, é uma exceção entre as legendas que já definiram apoio a Taques e indica a ida do PTB para o grupo.
Apesar de não estarem presentes, de maneira mais definitiva, fazem parte desse arco focado em 2014 o PSDB e o DEM.
Sobre as alianças, Lupi afirmou que o PDT não tem nada a oferecer material e economicamente aos partidos e que o Diretório Estadual da sigla terá autonomia para definir o que é melhor.
"Nós não podemos exigir de quem é aliado nada mais nada menos que a obediência de suas convicções"
“Nós não podemos exigir de quem é aliado nada mais nada menos que a obediência de suas convicções. Nós não temos nada a oferecer a não ser ideias e eu tenho certeza que o senador representa essas ideias que a população exige. Nós confiamos absolutamente na sua liderança. Somos uma República e cada Estado terá sua autonomia”, avaliou.
A possibilidade de um palanque duplo ou até mesmo triplo para Pedro Taques subir, uma vez que o PSB conta com Eduardo Campos, o PSDB com Aécio Neves e nacionalmente o PDT é da base da presidente Dilma Roussef, Lupi afirmou que o cenário ainda não está totalmente definido.
“Cada sofrimento a seu tempo. Não podemos antecipar sofrimento. Cada aliança tem que ser preservada, primeiro, visando a conjectura local, o que o grupo quer, o projeto dele para o Estado. Segundo, temos que respeitar a autonomia de cada partido. Nós não vamos criar cabresto para ninguém. Mas também não queremos que ninguém crie cabresto pra gente. Ou seja, cada um vai ter autonomia de construir seu caminho. Nós já vimos isso em várias eleições”.
“O projeto nacional só será decidido em março. Nós estamos em uma fase de consulta, de ouvir todos os companheiros. É claro que é uma tendência natural o apoio a presidente Dilma. Já estamos há sete anos, mas isso só será decidido em março e independe disso a realidade local”, pontuou Carlos Lupi.
"Só em 2014"
Mesmo aparecendo nas pesquisas de opinião entre os mais votados - ao lado do também senador Blairo Maggi (PR) - Pedro Taques afirmou, novamente, que nomes para disputar as eleições do próximo ano deverão ser discutidas em 2014.
"O momento é para definir o que nós queremos para Mato Grosso. O quadro, composto com seus nomes, será discutido realmente em 2014, durante outras convenções", disse.