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Sábado - 30 de Novembro de 2013 às 07:37
Por: ADILSON ROSA

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O promotor criminal João Augusto Gadelha, autor da denúncia contra os três rapazes acusados de assassinato
O promotor criminal João Augusto Gadelha, autor da denúncia contra os três rapazes acusados de assassinato
O Ministério Público Estadual denunciou os três suspeitos presos em flagrante no início deste mês, próximo à Delegacia do Planalto, em Cuiabá, acusados pelo assassinato do jovem Alan da Luz Braz Leite, de 19 anos, fuzilado com 17 tiros de diversos calibres. 

Foram denunciados o vendedor Fábio Alves de Oliveira, de 27 anos, o pintor Wilson Divino Cunha de Lima, de 37, e o pedreiro Charles Pereira Correa, de 20, todos moradores do bairro Pedregal, em Cuiabá. 

Eles foram denunciados por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. O processo foi protocolado na 12ª Vara Criminal de Cuiabá. 

“Ainda faltam mais três envolvidos, pois conseguiram fugir do flagrante e estão sendo procurados. Por isso, haverá um inquérito complementar”, destacou o promotor criminal João Augusto Gadelha, autor da denúncia. 

No entendimento do MP, o crime foi um acerto de contas. “Alan estava aterrorizando o bairro Pedregal e Jardim Leblon, posto que era líder da gangue e era suspeito de dois homicídios”, explicou o promotor de justiça. 

Alan foi executado a tiros no dia 9 de novembro deste ano após ser liberado, num sábado de manhã, do Plantão Metropolitano da Capital, onde estava detido sob suspeita de tentativa de homicídio contra o jovem Anderson Carvalho dos Santos, de 24, que naquele momento estava internado no Pronto Socorro de Cuiabá. Ele morreria no final da tarde daquele dia. 

Conforme denúncia do MP, após Alan ser detido, no final da madrugada, houve uma reunião entre os suspeitos na praça principal do Pedregal, onde teriam planejado a morte do jovem. “Passando os mesmos a fazer campana na esquina da boate ao lado, aguardando Alan deixar a Delegacia do Planalto”, relata a denúncia. 

Após sair da Delegacia, em companhia da mãe e da namorada, Alan foi abordado na esquina de uma borracharia em frente à boate. “Alan foi executado sumariamente, sendo poupada as duas mulheres”, diz outro trecho da denúncia. Os criminosos transformaram a entrada da borracharia num verdadeiro paredão, fuzilando o jovem com 17 tiros. 

Naquele momento, passava uma viatura da Polícia Militar. Ao ouvir os tiros, os policiais solicitaram reforços e iniciaram uma perseguição. Dois fugiram a pé, dois em um Gol branco e dois em uma motocicleta Honda Bros de cor escura. Dos seis, três acabaram presos. 

Fábio foi preso com uma pistola 380mm. Wilson e Charles foram alcançados no Gol branco. Este último tentou reagir e foi baleado na perna por um policial. No carro, foi apreendida um revólver calibre 357mm e uma espingarda calibre 12. 

Na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, os suspeitos apontaram os três que fugiram como autores do crime. Charles disse que emprestou o Gol de um irmão de um rapaz morto a tiros por Alan. 





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