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Sexta - 29 de Novembro de 2013 às 22:58
Por: LUZIA ARAÚJO

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Representantes dos órgãos de segurança pública de Mato Grosso se reuniram, na quinta-feira (28.11), na Secretaria de Estado de Segurança Pública, para debater sobre a integração na identificação de vítimas em desastres. O evento faz parte das atividades da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para elaboração do plano de ação para desastres com grande número de vítimas.
 
 
O representante da Interpol no Brasil e membro do Grupo Nacional de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), Carlos Eduardo Palhares, ajudou, durante quatro dias, o grupo de trabalho criado para elaboração do documento que irá auxiliar na atuação do órgão em casos de desastre em massa, como inundações, enchentes, avalanches, desabamentos, incêndios, explosões, pânico com pisoteio (estádios esportivos, circos, boates, entre outros), acidentes aeroviários, rodoviários, ferroviários e marítimos.
 
 
Para encerrar as atividades da sua visita, Palhares apresentou alguns casos de identificação em desastres, como o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e os acidentes aéreos: o voo 447, da Air France e voo 1907, da Gol que caiu em Mato Grosso após uma colisão com um jato executivo Legacy, em 2006.
 
 
De acordo com o perito da Interpol, a identificação de vítimas em desastres é um processo com múltiplas ações que começa no local do crime e termina com a entrega do corpo aos familiares. “Não se pode realizar um processo de identificação de vítimas sem que a perícia atue em todos os momentos, que começa no local do crime e termina com a entrega do corpo aos familiares”, disse.
 
 
O comandante regional do Corpo de Bombeiros, coronel BM Ricardo Antônio Bezerra Costa, disse que é fundamental a integração dos órgãos de segurança no cenário do desastre. “Participei efetivamente do resgate dos corpos da queda da aeronave Gol. Tenho uma outra visão depois do acidente quando pude entender a participação fundamental dos órgãos que colaboram para preservação das informações que vão identificar as vitimas com rapidez”, disse.
 
 
O especialista destacou ainda que a preservação do local e vestígios são fundamentais para a identificação rápida das vítimas. “Existe uma ordem de prioridades no local do acidente. A primeira é a vida e a segunda é a identificação das vítimas para entregar aos seus familiares. Para isso é necessário preservar o máximo possível o local e os vestígios. Sem esses procedimentos, a identificação pode demorar dias, semanas ou meses”.
 
 
O presidente do grupo de trabalho, Reginaldo Rossi, disse que o objetivo é elaborar o plano de ação para atuação da perícia nacional e internacional e finalizou fazendo uma avaliação dos trabalhos. “A semana foi muito positiva. Tínhamos uma visão da formatação que teve algumas adaptações com a vinda do Palhares para cá. Ele nos passou diversas informações, entre elas, a importância da integração das equipes internas e os órgãos de segurança durante um desastre”.





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