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Sexta - 29 de Novembro de 2013 às 13:13
Por: Romilson Dourado

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   A relação política entre o deputado José Riva e o advogado e vereador João Emanuel estremeceu após novas denúncias que culminaram em busca e apreensão e no afastamento do vereador da presidência da Câmara da Capital. Embora sejam do mesmo PSD e tenham laços estreitos, inclusive familiares - Emanuel é casado com Janaína, filha de Riva -, ambos se distanciaram. Riva disse aos aliados próximos que está decepcionado com o genro, que se envolveu em muitas trapalhadas e confusões em pouco tempo de mandato (são apenas 10 meses como vereador) e que o desgaste está refletindo diretamente no deputado, que também enfrenta problemas demais, principalmente por causa de várias ações movidas pelo Ministério Público por improbidade da Mesa Diretora da Assembleia, da qual também se encontra afastado.


 
-- Deputado José Riva desaprova ações do genro, vereador João Emanuel, afastado da presidência
Deputado José Riva desaprova ações do genro, vereador João Emanuel, afastado da presidência
    Embora não afirme publicamente, o deputado, que "mata um leão por dia" diante de tantas demandas e problemáticas, teme até que o genro possa tê-lo envolvido em supostos acordos nada republicanos sem o seu conhecimento. Riva até desautorizou Emanuel a usar o seu nome nas articulações. Não quer saber também de apoiá-lo numa eventual candidatura a deputado estadual, embora pretenda lançar alguém da família na disputa por cadeira na Assembleia, já que decidiu, após 5 mandatos, não mais buscar a reeleição no pleito de 2014.


 
   A situação de Emanuel é delicadíssima. Está afastado da presidência pela segunda vez. Primeiro, sob acusação de prevaricação e após conflitos com o bloco situacionista, que reagiu à tentativa do social-democrata de tentar cassar o prefeito Mauro Mendes para comandar o Palácio Alencastro - Cuiabá não tem hoje a figura do vice-prefeito, pois o eleito João Malheiros renunciou ao posto para continuar deputado estadual.


 
   Desta vez, Emanuel foi arrancado do comando do legislativo cuiabano, que recebe R$ 2,6 milhões mensais de duodécimo, possui cerca de 500 servidores e 25 vereadores, por causa de uma série de irregularidades detectadas numa investigação do Gaeco, braço do Ministério Público Estadual. É acusado de peculato, de participar de organização criminosa, de direcionar licitação e falsificar documentos, além de se envolver em operações em factoring para pagar despesas de campanha, cuja apuração desses fatos está sob a Polícia Federal.


 
   Pelo pacto fechado nesta quinta entre os vereadores, no mesmo dia em que foram intimados para também se explicarem, dificilmente Emanuel retorna à cadeira de presidente, além do risco de ser cassado. Seu “enterro” na vida pública já foi decretado, principalmente porque perdeu apoio incondicional do sogro, que é um exímio articulador político e passou a “lavar as mãos” por entender que Emanuel aprontou demais.




Fonte: RD News

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