O vereador João Emanuel (PSD) foi afastado, mais uma vez, da Presidência da Câmara Municipal de Cuiabá.
Já afastado por decisão da área criminal, agora, o parlamentar foi afastado da área cível, a pedido dos promotores de Justiça que integram o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de Cuiabá
A decisão é da juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular da Capital.
A medida foi decretada no âmbito de investigação dos promotores de Justiça de suposta improbidade administrativa, em tese, praticados pelo gestor do Legislativo Municipal.
Em sua decisão, a magistrada afirma que a conduta de Emanuel está a uma distância “abissal dos deveres de lealdade e moralidade pública”.
“Os diálogos gravados, aliados a prova documental carreada pelo Ministério Publico evidenciam indícios sérios que a conduta do requerido está a uma distância abissal dos deveres de lealdade e moralidade pública, podendo se perceber que é corriqueira a prática de ilicitudes para propiciar desvio de verbas públicas da Câmara Municipal de Cuiabá e o uso de cargo público para finalidades totalmente dissociadas daquelas constitucionalmente previstas”, afirmou Célia.
Operação Aprendiz
Na manhã de hoje, o Grupo de Atuação ao Combato do Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de João Emanuel e também na Presidência, no Paço Moreira Cabral.
Além dos mandados, decisão da juíza Selma Rosane Santos Arruda, o parlamentar também foi afastado das funções do presidente do parlamento.
Na manhã de hoje uma equipe do Gaeco esteve na Assembleia Legislativa, onde ocorria a sessão plenária da Câmara Municipal de Cuiabá, devido pane elétrica no Paço Moreira Cabral.
Na ocasião, todos os vereadores foram notificados a prestar depoimento na manhã desta sexta-feira (29).
Os depoimentos serão colhidos por promotores do Gaeco e do Núcleo do Patrimônio a partir das 8h, na sede das Promotorias de Justiça da Capital, no Centro Político Administrativo (CPA).