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Policia MT
Quarta - 18 de Dezembro de 2013 às 16:27
Por: MARCIO CAMILO

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Delegado Jesse Freire é o responsável pelas investigações da Operação Geia
Delegado Jesse Freire é o responsável pelas investigações da Operação Geia
Pelo menos 85 propriedades rurais foram alvos de uma organização criminosa, que fraudava títulos de terras, nas cidades de Comodoro e Pontes e Lacerda em Mato Grosso. 


 
 Documentos, como títulos de posse e contratos, foram apreendidos pela Polícia Federal na Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Mato Grosso, empresas e residências nos municípios de Cuiabá, Rondonópolis e Pontes e Larcerda. 


 
O esquema desbaratado pela Operação Geia, deflagrada na manhã desta quarta-feira (18)  pela Polícia Federal,  pode ter envolvimento de servidores do Incra e de pessoas conhecidas na área jurídica no Estado.


 
A operação também se estende ao Estado de Rondônia. 


 
Em Mato Grosso, só em um dos casos, os criminosos conseguiram vender terras, com títulos fraudados, em Comodoro no valor de 1 R$ milhão, relatou o delegado Jesse James Freire, responsável pelas investigações. 


 
O policial acrescentou que também está sendo investigado o possível envolvimento de funcionários do Incra, neste caso, na emissão dos documentos fraudados. 


 
O esquema, conforme o delegado, também contou com a participação de pessoas conhecidas da área jurídica do Estado. 


 
No entanto, Freire disse que ainda não pode divulgar os nomes dos envolvidos, pois as investigações não foram concluídas. 


 
Até o momento, a PF apurou que 58 propriedades foram alvos da organização criminosa em Comodoro. Porém, em 12 títulos de terras, os fraudadores não obtiveram sucesso.
 
 
Já no Parque Estadual de Santa Bárbara, em Pontes e Lacerda, a PF detectou fraudes em 27 áreas. 
 
Nestas áreas, os criminosos também grilaram terras indígenas nos dois municípios mato-grossenses. 


 
Freire disse que a próxima fase da operação será analisar o material que foi apreendido. Assim que concluir os trabalhos, a PF vai instaurar um inquérito e oferecer a denúncia para que o Ministério Público Federal acuse os envolvidos. Isso deve levar cerca de quatro meses. 


 
As investigações começaram em 2007 a partir de uma denúncia da Promotoria Pública de Cáceres. 


 
Autuação


 
As pessoas envolvidas nas falsificações serão autuadas pelos crimes de estelionato, falsidade documental, associação criminosa e oferta de terras irregulares. 


 
A polícia ainda tenta confirmar o envolvimento de funcionários públicos do Incra e da Sema, além de advogados, e pessoas importantes ligadas ao meio jurídico. 
 

No entanto, o delegado disse que ainda não pode divulgar os nomes dos envolvidos, pois as investigações não foram concluídas. 





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