Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, esta manhã, na sede da Câmara de Sinop, na residência do presidente do Legislativo da capital, João Emanuel (PSD), em uma gráfica, no cartório Segundo Serviço Notarial e Registral de Várzea Grande, em um escritório de contabilidade e três residências. A ação faz parte da operação "Aprendiz" deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, e tem objetivo de desmontar um esquema de desvio de dinheiro através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pela Câmara de Cuiabá.
De acordo com informações da assessoria, o Gaeco investiga a participação do presidente João Emanuel em um esquema de falsificação de documentos de terrenos. Os imóveis estariam sendo usados em garantia para agiotas na captação de dinheiro para sua futura campanha de deputado nas eleições em 2014. Segundo o Gaeco, os terrenos seriam pagos aos proprietários com oferta de participação em processos licitatórios fraudados na câmara.
A pedido do Gaeco foi decretado, ontem à tarde, o afastamento liminar de João Emanuel da função de presidente da câmara. A juíza Selma Rosane Santos Arruda fundamentou em sua decisão: "assim certamente o afastamento de João Emanuel da presidência da câmara irá contribuir com as investigações, permitindo que documentos sejam localizados e testemunhas sejam ouvidas sem o constrangimento de estarem prestando declarações contra a chefia".