O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não concluiu o repasse usado pelo Estado para pagamento das medições das obras inclusas no convênio assinado entre as duas partes para execução de intervenções nos trechos urbanos das rodovias federais 163/070/364, que cortam a Grande Cuiabá pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, FEB e Miguel Sutil.
A informação foi passada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), durante coletiva realizada na manhã de segunda-feira (16), quando da liberação da parte superior da Trincheira do Santa Rosa.
“Era para liberar R$ 106 milhões, mas foram liberados pouco mais de R$ 50 milhões do que já foi medido. Agora, estamos aguardando a liberação da última parcela, que já deveria ter sido depositada.
Estamos esperando o pagamento no final deste ano, no mais tardar, janeiro”, disse.
"Era paraliberar R$ 106 milhões, mas foram liberados pouco mais de R$ 50 milhões do que já foi medido" O Estado já precisou aportar, ao longo do ano, recursos próprios para cobrir as medições feitas nas seis obras previstas no convênio, a fim de evitar que os trabalhos fossem paralisados pelas empreiteiras por falta de pagamento.
Ao todo, o Estado injetou aproximadamente R$ 15 milhões nas obras e, quando da ocasião de repactuação do pagamento junto ao Dnit, em setembro deste ano, o secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, afirmou que o restante do recurso seria pago em uma única parcela, o que não ocorreu.
Os atrasos tiveram início, segundo o Estado, devido à greve dos servidores do Dnit, no início deste ano, que resultou na demora na aprovação das prestações de contas e na liberação de mais recursos, problema que teria sido equacionado. Antes da paralisação, o DNIT já havia liberado R$ 63 milhões para o Estado.
De acordo com Silval, apesar do atraso no repasse, o Estado não prevê para o momento a realização de novos aportes com recursos próprios. O governador também não acredita que o isso comprometa o andamento das obras, ao menos por enquanto.
"[...] se tiver alguma medição urgente e a parcela não tiver saído, teremos que injetar [recursos próprios]" “Nós repomos o que foi injetado. Agora, vamos ver, se tiver alguma medição urgente e a parcela não tiver saído, teremos que injetar”, afirmou.
Travessia Urbana
Segundo o último relatório sobre o andamento físico-financeiro das obras da Copa do Mundo elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), divulgado em setembro deste ano, o atraso nas obras de Travessia Urbana chegam a sete meses.
Dentro do pacote de travessia urbana, encontram-se os viadutos da Dom Orlando Chaves/FEB, em Várzea Grande, e Despraiado, em Cuiabá – este último já entregue; o Complexo Viário do Tijucal, na Avenida Fernando Corrêa da Costa; e as trincheiras Santa Rosa, Verdão, Jurumirim, na Avenida Miguel Sutil, na Capital.