O jambu é uma hortaliça muito usada na culinária da Amazônia e é famosa por causar uma leve dormência na boca.
Há seis anos Rômulo de Oliveira produz a hortaliça indispensável na mesa do paraense. As flores do jambu dão sementes que serão enfileiradas na horta em Santo Antônio do Tauá, a 70 quilômetros de Belém.
O sistema de cultivo é o tradicional, com água, sol e adubo. Em 15 dias, as mudas começam a surgir e são replantadas em outras áreas da fazenda. Mais 25 dias de cultivo são necessários até que o jambu esteja no ponto de colheita.
Ele é produzido o ano todo, principalmente entre maio e outubro, período que chove menos na região. A hortaliça é vistosa, tem muitas folhas e atinge até 30 centímetros de altura.
O jambu também é cultivado utilizando a técnica da hidroponia, que não depende do uso do solo. Neste processo, as sementes vão para bandejas de compostagem e começam a germinar em cinco dias. Depois, as mudas são levadas para uma espécie de estufa, que as protege da chuva e permite a passagem controlada de luz solar.
Receitas
O uso do jambu na culinária é indispensável nas receitas típicas do Pará, entre elas o tacacá, que leva o tucupi, caldo amarelado extraído da mandioca; goma de amido; jambu cozido; e, para terminar, alguns camarões. A iguaria é servida bem quente e vendida em barracas de rua em Belém.
O jambu aumenta a salivação e causa uma leve dormência na língua graças a uma substância chamada espilantol, que está sendo estudada pela indústria farmacêutica e de cosméticos, por causa de seu possível efeito anti-inflamatório e anestésico. De certo, é o efeito no paladar, que está mais que aprovado.