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Educação
Terça - 26 de Novembro de 2013 às 17:54
Por: Laura Petraglia

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Depois de mais de dois meses em greve, que ocasionaram a perda de 64 dias letivos aos alunos da rede estadual de ensino, os trabalhadores da educação de Mato Grosso não descartam uma nova greve. Nesta segunda-feira (25), o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) protocolou ofício junto ao Ministério Público Estadual (MPE) comunicando sobre o risco de não cumprimento do ano letivo 2013 por conta da negativa do governo de pagamento dos meses de reposição de aulas. 


 
O Sintep diz que a greve será novamente trazida para ser discutidas nas bases. O presidente do Sintep/MT Henrique Lopes do Nascimento quer esclarecimento por parte da Seduc quanto ao não cumprimento do acordo realizado durante a greve. Ele demonstra preocupação sobre os efeitos do não chamamento dos classificados no último concurso público e o anúncio de não remuneração dos contratados. 


 
"Ao sairmos da greve mandamos documento cobrando sobre a reforma das escolas e em relação aos contratados temporariamente, as nomeações. Mas, para nossa surpresa recebemos documento de que estes trabalhadores não terão contrato e isto pode comprometer o retorno no próximo ano".


 
Henrique diz que o assunto será levado ao debate no Conselho de Representantes, que será realizado entre os dias 7 e 8 de dezembro. Os educadores já estão sendo consultados nas bases e a greve não está descartada, em virtude da gravidade dos direitos que estão sendo ameaçados


 
Segundo ele, o ofício do Sintep/MT, remetido ao promotor de justiça Miguel Slhessarenko Júnior, relata as negativas que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tem dado em relação aos profissionais de educação contratados quanto a licença prêmio e pagamento dos meses de reposição de aulas.


 
Conforme documento recebido no dia 21 de novembro pelo Sintep/MT, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirma que as atividades do ano letivo 2013, que se estenderão até fevereiro de 2014 não serão remuneradas para os trabalhadores contratados, ou seja, não haverá renovação do contrato.


 
De acordo com o sindicato, durante o processo de negociação da greve a Seduc e a Secretaria de Estado de Administração (SAD) acordaram um calendário de nomeações que não foi cumprido. Os 248 apoios administrativos que deveriam ser nomeados dia 1 de outubro foram nomeados em 25 de outubro e as 516 nomeações de professores, que deveria ocorrer dia 18 de novembro, ainda não foi efetivada.


 
Ao Olhar Direto a Seduc informou que na próxima semana sentará com os profissionais da educação para esclarecer os pontos em questão.





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