O desembargador Marcos Machado, da 2º Câmara Criminal, concedeu liminarmente liberdade na manhã de hoje (25) ao delegado João Bosco Ribeiro. Ele teve a prisão preventiva decretada na sexta-feira passada (22) sob acusação de coagir testemunhas no processo que é investigado por extorsão a traficantes.
Delegado Bosco era mantido preso na sede do Centro de Formação e Atualização de Praças (CEFAP), em Cuiabá. Bosco e sua esposa já foram presos por três vezes após a deflagração da operação Abadom, desencadeada pela Polícia Judiciária Civil.
O Habeas Corpus foi deferido pelo desembargador Marcos Machado, plantonista do Tribunal de Justiça neste domingo (24). “Diante do regime de plantão judiciário, comunique-se por telefone o órgão responsável pela custódia para transferi-lo à sua residência, servindo-se a presente decisão de ofício ordenatório”.
No pedido de HC, a defesa do delegado argumentou que no julgamento do HC Nº 108838/2013, o delegado teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar. O advogado destacou ainda que a “autoridade impetrada desrespeitou o acórdão proferido por este Tribunal. O decreto de nova prisão preventiva mostra-se desprovido de fundamentação, vez que o suposto crime cometido pelo paciente possui pena máxima não superior a quatro anos”.
Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, o delegado João Bosco e sua esposa, Gláucia Cristina Moura Alt, em conjunto com o denunciado Anderson Nascimento Gonçalo, agiam mediante recebimento/promessa de vantagem indevida no intuito de darem proteção e cobertura à atividade criminosa desencadeada pelo traficante de drogas Marco Antônio da Silva, também conhecido como “neném”. Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas na conclusão das investigações, sendo seis policiais civis.