O bloco da oposição, integrado pelo PSDB, DEM e PPS, poderá contar com apoio de partidos da situação, como o PMDB e o PT, para construir chapa majoritária que tem entre os principais nomes o do senador Pedro Taques (PDT) para a disputa ao Governo em 2014. A tese é do presidente do PPS em Mato Grosso, prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, um dos mais "astutos" políticos do Estado. Essa estratégia será defendida com mais veemência, em reunião nos próximos dias entre Percival, Taques e o presidente do PSB estadual, prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes. O PSB sinaliza apoio a Taques.
Percival tem confiança sobre seus planos. Na interpretação dele, existe grande possibilidade de ser firmada uma parceria com siglas que fazem parte da base aliada ou diretamente da governabilidade, caso do PMDB. A tática do dirigente partidário visa eliminar o "temor" que líderes políticos do Estado mantém em relação a chance de Taques vir a vencer o pleito eleitoral.
"Se nosso grupo realmente espera vencer o pleito, tem que rever pontos. Precisamos ter aliados fortes. É necessário governar, e não ter mais crise", disse Percival em menção a um possível choque de interesses políticos entre os Poderes Constituídos com eventual vitória do senador ao governo.
O PMDB e o PT sustentam o lançamento de candidaturas próprias ao comando do Estado. Os dois partidos tentam convencer o juiz federal Julier Sebastião da Silva a se filiar aos quadros das respectivas legendas. O nome do magistrado também é aventado para a disputa ao Senado.