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Polícia Brasil
Sábado - 23 de Novembro de 2013 às 09:08
Por: Jardel P. Arruda

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O empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, cujo apartamento foi um dos locais de busca e apreensão da Polícia Federal na operação “Ararath”, que apura um suposto esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro, é alvo de investigações pelo menos desde 2006.


 
A primeira vez que a ex-mulher de Júnior Mendonça, Kharina Nogueira, prestou depoimento para falar das supostas atividades ilícitas do antigo companheiro foi justamente naquele ano, quando ela foi chamada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). 


 
Dois anos depois, em março de 2008, o empresário chegou a ser preso em uma operação do Gaeco para desmantelar um grupo apontado como cartel dos combustíveis em Mato Grosso. Júnior Mendonça, apontado como o “bate-estaca” – aquele que faz valer a vontade da organização - ainda é réu em uma ação penal referente a essa acusação.


 
Depois disso, Kharina também depôs no Ministério Público e na Delegacia Fazendária (Defaz), até que em 2009 foi chamada pela primeira vez para falar com a Polícia Federal a respeito da atuação do ex-marido. Contudo, só em 2011 seria dado início às investigações que deflagraram recentemente a operação “Ararath”.


 
Para a colunista social, o fato de o ex-marido ser investigado há pelo menos sete anos é um dos indícios da complexidade do que ele estaria envolvido. “O buraco é muito grande. É muito maior do que imaginam”, limitou-se a comentar Kharina Nogueira ao Olhar Direto.


 
A Operação


 
A operação Ararath foi deflagrada no dia 12 de novembro, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.


 
Júnior Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. 


 
Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo. Por enquanto, as investigações detectaram a movimentação ilegal de R$ 500 milhões nos últimos seis anos, mas a quantia pode ser maior.


 
A defesa


 
O advogado Maurício Aude, responsável pela defesa de Júnior Mendonça, afirmou que seu cliente irá responder em juízo por todas as acusações e fez questão de salientar que “O ônus da prova cabe a acusação”. Em entrevista anterior, o advogado Murilo Silva Freire, responsável pela defesa do advogado do grupo Amazônia Petróleo, disse que não existem provas contra o seu cliente e que o próprio conteúdo das investigações inocenta Júnior Mendonça. Murilo Freire havia afirmado que seu cliente não fazia operações de fomento e, quando fazia, era em obediência à legislação vigente.





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