Duas pessoas foram detidas, uma em Bauru (SP) e outra em Jaú (SP), durante uma operação nacional da Polícia Federal que combate a pedofilia em 11 estados brasileiros. Os dois suspeitos foram interrogados na sede da PF em Bauru e tiveram computadores e pen-drives apreendidos.
A investigação, que durou dois anos, chegou até eles durante monitoramento de troca de arquivos pela internet. Os dois suspeitos vão responder a inquérito em liberdade. De acordo com a PF, sete prisões foram efetuadas no Paraná, três no Rio Grande do Sul, uma no Rio de Janeiro, sete em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra na Bahia. A operação também cumprirá medidas semelhantes contra brasileiros investigados que moram nos estados Unidos com o apoio da Polícia Federal americana, o FBI.
Aproximadamente 400 policiais federais participam da ação batizada de “Glasnost”, termo russo que significa transparência. Ainda conforme a PF, o nome foi escolhido porque a maior parte dos investigados utilizava um site hospedado na Rússia e divulgava fotografias e vídeos de adolescentes, crianças e até de bebês sendo abusados. Os vídeos e as fotografias eram compartilhados por pedófilos do Brasil e do exterior.
A PF também informou que um dos investigados, que já foi identificado, abusava sexualmente da própria filha de cinco anos de idade. Entre os alvos da operação há pessoas de várias idades e profissões, entre elas um policial militar, um médico, um oficial da Aeronáutica, vários professores e um chefe de grupo de escoteiros.
As investigações ocorrem há dois anos e pela primeira vez serão realizadas coletas de amostras biológicas dos suspeitos para inclusão da base de dados de DNA da PF.