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Policia MT
Terça - 19 de Novembro de 2013 às 08:21
Por: ALECY ALVES

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Um corretor de imóveis e um bacharel em Direito foram presos em Barra do Garças (500 quilômetros de Cuiabá) sob acusação de tentar aplicar golpe de R$ 30 milhões em um banco de São Paulo. 


 
Divino Marra da Silva, 57 anos, e Renato Alves de Oliveira Júnior, 42, conforme apuração da Delegacia de Roubos e Furtos de Barra do Garças, estariam apresentando documentação falsa das terras que seriam dadas como garantia para liberação do empréstimo milionário. 


 
De acordo com o delegado Wilyney Borges, os 9.300 hectares que ficaram como garantia e indisponíveis para venda não são de Edson Gabriel da Silva, o homem cujo nome aparecia nos registros emitidos pelo cartório local. 


 
A Polícia Civil apura, conforme o delegado, se o nome Edson Silva foi plantado na documentação ou se há alguma participação dele na transação. 


 
A verdade é que as terras são de uma família que mora em Londrina, no Paraná, e estão vinculadas a um processo de inventário desde a morte dos proprietários. 


 
A farsa foi descoberta pela conferência do número de registro do “instrumento particular de compartilhamento de garantia”, o certificado cartoral que asseguraria a liberação do dinheiro. 


 
O delegado Wilyney Borges disse que as investigações prosseguem pelos próximos 25 dias, até o prazo legal de conclusão do inquérito. Ele quer verificar, entre outras suspeitas, a participação de mais envolvidos. 


 
Até o final da tarde se ontem, apenas Renato Júnior permanecia preso. Ele, ao contrário de Divino Marra, não havia conseguido pagar a fiança imposta pela justiça, no valor de 10 salários mínimos (R$ 6.780 mil) para responder pela acusação em liberdade. 


 
De acordo com a polícia, essa não é a primeira vez que Divino Marra e Renato Júnior são presos sob acusação de falsificar documentos. Ambos estavam entre os acusados na Operação Lacraia, realizada pela Polícia Federal em 2007. 


 
Essa ação resultou em 35 prisões de pessoas envolvidas em um esquema fraudulento de negociação e tentativa de registro de propriedades rurais em Mato Grosso. 


 
Entre os integrantes do esquema de falsificação de documentos estavam funcionários e ex-funcionários de cartórios com experiência no trato de documentos e com trâmite em órgãos como o Intermat e o Incra. 





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