Com os resultados da pesquisa interna de intenções de votos em mãos, o Partido da República (PR) deve voltar a tentar forçar o senador Blairo Maggi (PR) a assumir a condição candidato ao Palácio Paiaguás em 2014.
O levantamento também animou a cúpula do partido sobre a possível viabilidade da pré-candidatura do deputado federal Wellington Fagundes (PR) ao Senado.
O problema do PR é que Maggi resiste em aceitar a candidatura. Foi ele, aliás, quem lançou o nome do ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o Maurição (PR), como pré-candidato ao governo do Estado.
No cenário político atual, todavia, o senador republicano seria o único à frente de outro pré-candidato: o senador Pedro Taques (PDT).
Mesmo não aparecendo como preferido, Maurição avalia que a legenda tem muito do que se orgulhar com os resultados da pesquisa, já que Maggi e Wellington tiveram uma boa colocação. Sobre seu próprio desempenho, ele afirma que os números estão dentro do esperado.
Segundo Maurição, o resultado deve ser apresentado para o restante da cúpula republicana ainda nesta semana. Na reunião devem ser traçados os planos para tornar seu nome mais conhecido no Estado.
O republicano ressalta que o mais interessante da pesquisa foi a demonstração que a população quer alguém com história e competência para gerir os recursos públicos como próximo governador. Maurição acredita que se encaixa neste perfil.
Para o analista político Louremberg Alves, Blairo Maggi tem analisado muito bem o cenário. Ele avalia que o “jogo de cena” do republicano, ao negar ser candidato, é o que faz com que seu nome sempre fique em evidência e não saia da “boca do povo”, o que é vital em uma eleição.
Nas próximas semanas Maggi deve ter um encontro com o ex-presidente Lula (PT) para tratar do assunto. O petista havia pedido que o senador voltasse atrás de sua decisão de não ser candidato. O intuito é que ele seja o nome da presidente Dilma Rousseff (PT) no Estado.
SENADO – Segundo Maurição, a pesquisa revelou que o trabalho de Wellington Fagundes na Câmara Federal é reconhecido em todo Estado. Presidente regional da legenda, ele aparece com reais chances de vitória no pleito do próximo ano.
O problema do PR é justamente este, já que o partido dificilmente conseguirá lançar duas candidaturas majoritárias ao mesmo tempo. Se Maggi admitir disputar, o deputado deve ficar fora do pleito.