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Economia
Segunda - 18 de Novembro de 2013 às 18:58

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O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, disse, esta tarde, em Sinop, na abertura do Seminário de Integração do Corredor BR-163, que a vocação do Estado é escoar e exportar a produção pelo Norte do país. Ele justificou que com o transporte voltado aos portos do Sudeste e do Sul, os produtos mato-grossenses acabam perdendo competividade. O município é a primeira parada do Estradeiro, organizado pela entidade para inspecionar o andamento das obras de asfaltamento da rodovia até Santarém (PA). Uma caravana de 110 pessoas formadas por produtores e técnicos saiu esta manhã de Cuiabá. Um relatório ainda deve ser divulgado.


 
Fávaro disse que a produção, cada vez maior, acaba "entulhando os portos do Sul e Sudeste do Brasil, tirando competitividade deste Estado. Não é só Mato Grosso que perde por estar longe. Na medida que entregamos cada vez mais cargas em Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, estamos também tirando competividade daqueles exportadores brasileiros que tem sua única via de acesso sendo transportada pela região. Nossa vocação é pelo Norte do país, pelo Pará, e as oportunidades não serão só de Mato Grosso. Essa rota de infraestrutura vai trazer desenvolvimento também par ao Pará. Estamos ligados intimamente neste desafio".


 
O governo federal prorrogou o prazo de conclusão dos aproximadamente mil quilômetros de obras da BR-163 e estima que ficarão prontos em 2015. A previsão anterior era para ano que vem. Cerca de 65% do trecho estariam pavimentados. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Rui Prado, criticou a demora para o investimentos. "Estamos muito agradecidos pelo governo federal estar fazendo neste momento a pavimentação da BR-163, pode ser muito bom, mas sabemos que é atrasado, que poderia ter sido muito antes. Sabemos que se o governo estivesse preocupado com o interior do país, estaríamos em um desenvolvimento muito maior que hoje. Reconhecemos o trabalho, a mobilização do Movimento Pró-Logística, da Aprosoja, mas quero deixar registrado, tem muito a se fazer, para acontecer".


 
Por outro lado, o coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, apontou avanços com a rodovia federal. "Hoje a BR-163 tem praticamente 25% dela faltando ser pavimentada. Para quem não tinha nada há três anos, temos bastante coisa. Esse ano, daqui de Sinop até Miritituba (PA), deverão ficar faltando uns 130 quilômetros para pavimentação, mas o DNIT estará garantindo a trafegabilidade deste trecho. Então, já a partir da próxima safra, até fevereiro, esse sonho passar virar realidade e isso vai acontecer", disse. "Na próxima safra já vamos ter 3 milhões de toneladas sendo escoadas pelo Tapajós, o rio, em Miritituba. E com esse escoamento vão passar por aqui mais de 75 mil caminhões. O crescimento é geométrico pois em 2015 serão 6 milhões de toneladas, 150 mil caminhões, em 2016 são 12 milhões de toneladas, 300 mil caminhões", acrescentou.


 
O posicionamento foi partilhado pela vice-prefeita de Sinop, Rosana Martineli. "Sinop é polo. Daqui se parte essas discussões pelo fato de estar no eixo da BR-163, que para o nosso município significa desenvolvimento. Tanto para nós escoarmos nosso produtos para Miritituba, como abre perspectivas para trazer os produtos de Manaus para cá. Abre-se um leque para os empresários, vislumbrar negócios mais à frente e cobramos a realização final dessa obra".


 
Os integrantes do Estradeiro ainda passarão por Novo Progresso, Itaituba e Santarém até o próximo dia 22. Ele é uma das ações do Movimento Pró-logística e tem como missão articular junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a implantação e manutenção de obras rodoviárias, ferroviárias, hidroviárias e portos que possibilitem redução de custos para o setor produtivo e a comunidade em geral.





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