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Policia MT
Segunda - 18 de Novembro de 2013 às 07:21

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 A rede de postos Comercial Amazônia Petróleo, pertencente ao empresário Júnior Mendonça, alvo de Operação Ararath, da Polícia Federal, na última terça-feira (12), mantém contrato de fornecimento de combustível com a Prefeitura de Cuiabá e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 
 
A operação foi deflagrada após investigações sobre suposta prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.
 
No último mês de julho, a Prefeitura de Cuiabá realizou um pregão presencial, no valor de R$ 9,5 milhões, vencido pela Amazônia Petróleo. 
 
No mesmo mês, o contrato foi cancelado, com a justificativa de que havia falhas no edital e por “razões de interesse da administração pública”. 
 
Na sequência, a prefeitura contratou a mesma Amazônia Petróleo, por R$ 3,7 milhões, em caráter emergencial e com dispensa de licitação. O contrato está em vigência e tem validade de seis meses. 
 
Na semana passada, a prefeitura realizou outra licitação para fornecimento de combustível. Até o momento, o resultado não foi divulgado. 
 
Na Assembléia Legislativa, a rede firmou um contrato em 2011, encerrado no ano passado, no valor de R$ 10.596,002.80. 
 
Um  novo contrato com a empresa foi assinado em junho passado - os valores não constam no Diário Oficial do Estado. 
 
Até fevereiro de 2012, a empresa também era a responsável pelo credenciamento de postos e fornecimento de combustível para o Governo do Estado na Capital e em Várzea Grande. 
 
O contrato, firmado em julho de 2011, foi de R$ 14 milhões. 
 
Atualmente, o combustível do às secretarias e órgão do Estado é fornecido pela Marmeleiro Auto Posto Ltda. Grande parte dos postos desta empresa estão com a bandeira Idaza. 
 
Campanha
 
Em sua campanha para a Prefeitura de Cuiabá, em 2012, Mauro Mendes adquiriu R$ 379 mil em combustível da Comercial Amazônia Petróleo. O valor consta em prestação de contas, disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral.
 
Operação
 
Conforme a Polícia Federal, as investigações iniciadas em 2011 apontaram a suposta participação de Mendonça em crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.
 
Nos últimos seis anos, foi movimentada a quantia de mais de R$ 500 milhões, nas contas das pessoas investigados.
 
Segundo a PF, os envolvidos não pagaram impostos sobre os empréstimos, registrando os mesmos como se fossem descontos e cobrança de cheques.
 
O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring, de fachada, para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, tendo como base operacional a empresa Globo Fomento Mercantil, localizada em Várzea Grande.
 
O apartamento de Mendonça, no bairro Santa Rosa, na Capital, assim como um de seus postos de combustíveis e seu escritório, foram alvos de busca e apreensão. 
 
O empresário possui 11 postos em Cuiabá e Várzea Grande, com a bandeira Petrobrás. 
 
Mendonça, em 2008, chegou a ser preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), com dirigentes do ramo de combustível de Cuiabá, por suposta formação de cartel. 





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