O governador Silval Barbosa (PMDB) confirmou para este mês a chegada de todos os trilhos que serão implantados ao longo dos 22,2 km do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande.
No total, são aproximadamente 100 km de trilhos do tipo “grooved”, entre o material que efetivamente será usado o que será armazenado como reserva.
“Os trilhos da via permanente já chegaram ao Brasil, estão no porto aguardando serem desembarcados e, dentro de poucos dias, estarão aqui também. Assim que as vias permanentes ficarem prontas, [os trilhos] serão colocados”, disse Silval, em entrevista, nesta semana.
"Os trilhos da via permanente já chegaram ao Brasil, estão no porto aguardando para serem desembarcados e, dentro de poucos dias, estarão aqui também" Segundo o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande – responsável pela execução da obra –, os equipamentos viajarão de Vitória (ES) para a Cuiabá divididos em cargas.
Ao chegarem à Capital, os trilhos da via permanente passarão pelos mesmos procedimentos já adotados naqueles que destinados exclusivamente ao centro de manutenção e estacionamento, do tipo “vignole”: instalação da película, envelopamento (enjaquetamento) e calandragem (curvatura) dos trilhos.
Depois de prontos, os trilhos são instalados. O primeiro trecho a receber a via permanente será o Eixo 1 (Aeroporto-CPA), principalmente aquele compreendido entre o terminal aeroportuário e o Porto, em Cuiabá, onde os trabalhos estão mais adiantados.
O Eixo 2 (Coxipó-Centro), não considerado prioritário pelo Governo do Estado, deverá ser finalizado apenas após o Mundial de futebol. O novo cronograma, porém, ainda está sendo ajustado entre o governador, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e o Consórcio VLT.
Centro de Manutenção
Silval destacou, ainda, o início da implantação dos 10 km trilhos do tipo “vignole”, que foram fabricados na Espanha e chegaram à Capital em outubro, onde, inclusive, o primeiro carro do VLT já foi descarregado.
“O material já está todo aqui. Tem uma linha de montagem dos trilhos separado daqui, que é próximo ao [Supermercado] Modelo [próximo à antiga Vila Militar]. Ele é montado lá. Daí, trazem montado e concretam aqui”, disse.
Segundo o Consórcio VLT, grande parte (60%) desses trilhos será implantado no Centro de Manutenção e no pátio de estacionamento do VLT, ficando o restante como reserva.
"No período das águas, vamos trabalhar com as estações e subestações" Nesse espaço é onde os carros do VLT deverão passar pelos primeiros testes sobre trilhos, até que parte da via permanente seja implantada para que tenha início a fase de avaliação da operação do modal.
De acordo com Silval, a construção das sedes onde irão funcionar os centros de comando, operação e manutenção do VLT já está em andamento no local, que fica próximo ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
“Toda a fundação da construção do centro de comando e controle está pronta. Isso tudo será levantado em pré-moldado metálico, cujo material já está todo comprado e na linha de fabricação. Para quem não se lembra, isso aqui era uma área alagada, que empreendeu um grande serviço de terraplanagem”, disse.
O VLT
Orçada em R$ 1,477 bilhão, a implantação do modal está sendo realizada pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
Primeiro carro do VLT foi descarregado sobre trilhos no Centro de Manutenção, em Várzea Grande O modal irá circular por 22,2 km distribuídos em dois eixos, nas avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande, e nas avenidas Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Fernando Corrêa da Costa, Tenente Coronel Duarte (Prainha) e XV de Novembro, em Cuiabá.
O projeto contempla a construção de 12 obras de arte, entre pontes, passagens, trincheiras e viadutos.
O VLT contará com três terminais de integração e 33 estações de embarque e desembarque, com distância média de 600 metros entre um ponto e outro.
O governador afirmou que, atualmente, mais de 1,4 mil operários trabalham nas diversas frentes de obras do VLT, “sejam nas remoções de interferências, nas linhas de montagem, nos viadutos e demais obras de arte que fazem parte do conjunto”.
De acordo com Silval, durante o período de chuvas no Estado, outras frentes de obras terão início, por não serem prejudicadas pelo mau tempo.
“No período das águas, vamos trabalhar com as estações e subestações”, disse.
