Milicianos dispararam na sexta-feira (15) em Trípoli contra centenas de manifestantes que exigiam que deixassem seu bairro. Morreram 27 pessoas e outras 235 ficaram feridas, segundo o premiê Ali Zeidan.
Quando os manifestantes se aproximaram da sede da milícia, no bairro de Gharghur, os integrantes do grupo armado de Misrata (leste de Trípoli) atiraram para o alto para tentar dispersá-los, mas, como resistiram, os milicianos abriram fogo contra eles, constatou a AFP.
Os manifestantes tinham se reunido na praça Meliana, hasteando a bandeira nacional e bandeiras brancas para sustentar o caráter pacífico da manifestação.
A concentração aconteceu depois que os imãs pediram aos habitantes da capital que protestassem contra as milícias. Os imãs ecoaram os apelos do mufti (principal autoridade religiosa do país) e do Conselho local de Trípoli, o equivalente à prefeitura.
Entoando o hino nacional, os manifestantes se dirigiram ao bairro de Gharghur, onde ficam várias milícias de Misrata.
Esse protesto foi uma reação aos confrontos armados entre milícias na quinta-feira à noite que causaram duas mortes e deixaram dezenas de feridos no centro de Trípoli.