Apesar dos rumores, nesta sessão nenhum vereador apresentou pedido formal para destituição de Onofre Júnior (PSB) da 1ª vice-presidência da Câmara. Mesmo assim, o socialista usou a tribuna para defender a própria permanência no cargo.
Em sua defesa, Onofre fez questão de dizer que ao mover a ação judicial para reaver a presidência do Legislativo, tentou assegurar um direito que lhe pertence. O vereador também afirmou que jamais quis constranger os colegas, mas declarou não se arrepender de ter ingressado na Justiça. “Não vou renunciar à 1ª vice-presidência. Os vereadores que julguem se devo permanecer”, disparou.
A situação de Onofre se agravou após a decisão do juiz da Vara Especializada da Fazenda Pública, Roberto Teixeira Seror. O magistrado indeferiu o mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrada pelo vereador, que visava anular a sessão que elegeu Júlio Pinheiro (PTB) como presidente da Câmara de Cuiabá.
Na semana passada, Pinheiro chegou a declarar que pediria a destituição de Onofre caso a decisão judicial fosse desfavorável ao 1º vice. “Pau que bate em Chico, bate em Francisco. A atitude decente será renunciar na próxima sessão, disse o petebista.
Apesar da ameaça, Pin heiro não apresentou pedido de destituição porque Adevair Cabral (PDT) e Wilson Kero Kero (Solidariedade) já o fizeram. Além dos requerimentos, Renivaldo Nascimento (PDT) e Toninho de Souza (PSD), da tribuna, pediram a renúncia de Onofre. Sendo assim, a possível destituição de Onofre pode ser apreciada na sessão extraordionária logo mais à tarde
A disputa pelo comando da Câmara ficou acirrada após a renúncia do ex-presidente João Emanuel (PSD), que é alvo da Operação Aprendiz do Gaeco.