Mais de 300 pessoas, inclusive professores, técnicos e médicos, foram presos no mundo todo sob acusações de pornografia infantil em uma investigação liderada pelos canadenses. A polícia de Toronto disse na quinta-feira (14) que a prisão de 348 pessoas, incluindo 108 no Canadá, 76 nos Estados Unidos e 164 em outros países, da Espanha à Austrália, aconteceu depois de uma investigação de três anos de uma empresa em Toronto que distribuía pornografia infantil.
"Motivo de preocupação para os investigadores foi o número de pessoas (presas) que tiveram contato próximo com as crianças. As prisões incluíram 40 professores, nove médicos e enfermeiras, 32 pessoas que trabalhavam como voluntárias com crianças, seis agentes da lei, nove pastores ou padres e três pais adotivos", disse a chefe da Unidade de Crimes Sexuais de Toronto, inspetora Joanna Beaven-Desjardins, em entrevista coletiva.
A investigação, feita por cerca de 30 forças policiais de Austrália, Espanha, Irlanda, Grécia, África do Sul, Hong Kong, México, Noruega e dos Estados Unidos, entre outros, levou à recuperação de 386 crianças, a maioria pré-adolescente, disse.
A polícia começou a investigar as operações de uma empresa de Toronto chamada Azovfilms.com e seu proprietário, Brian Way, em outubro de 2010, e o Serviço de Investigação Postal dos EUA ajudou a vasculhar a base de dados da empresa para encontrar tanto os produtores quanto os consumidores de pornografia, disse Beaven-Desjardins. O advogado de Way, Nyron Dwyer, não quis dar declarações. O site foi fechado.