O governador do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, atrasou a execução de um prisioneiro nessa quarta-feira para estudar a viabilidade de acolher o pedido do preso para doar os seus órgãos, de acordo com informações da agência AP.
A decisão de John Kasich aconteceu a menos de 24 horas do cumprimento da sentença de Ronald Phillips, condenado pelo estupro e morte de uma menina de 3 anos, filha de sua então namorada, em 1993. Nesta quinta, o prisioneiro receberia uma injeção letal - na ocasião, uma nova combinação de drogas seria usada pela primeira vez no país.
Ao evitar a execução, o governador afirmou que gostaria de mais tempo para estudar o pedido do preso, 40 anos, feito na última segunda-feira, para ver se é possível que a doação ajude alguma pessoa. O cumprimento da pena de morte foi reagendado para o dia 2 de julho do ano que vem.
Kasich disse que, se for verificada a compatibilidade para doação de órgãos a mãe de Phillips, que tem uma doença renal e faz diálise, ou outras pessoas em filas de espera para transplantes, o adiamento da execução poderia permitir os procedimentos necessários.
"Sei que isso é um território desconhecido para Ohio, mas se outra vida puder ser salva por sua vontade de doar órgãos e tecidos, então nós devemos permitir que isso aconteça", declarou o governador em comunicado.
Segundo Marilyn Pongonis, porta-voz de um programa de doação de órgãos no Estado, há aproximadamente 3,5 mil pessoas em Ohio e mais de 120 mil em todo país na fila pela doação de órgãos.