Mesmo admitindo forte pressão do seu grupo político e a firme disposição de resistir e não ser candidato ao Governo do Estado em 2014, o senador Blairo Maggi (PR) que foi governador por dois mandatos entre 2003 e 2010, continua sendo o nome mais cotado e visado no cenário político eleitoral e das composições federais. Tanto que voltaram, dias após o encontro dele na Liderança do PTB no Senado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as especulações a respeito do futuro político do senador.
O colunista político Felipe Patury, da Revista Época, postou nota onde frisa que "convidado três vezes para integrar o ministério de Dilma Rousseff, o senador Blairo Maggi conversa sobre a sucessão de Fernando Pimentel no Desenvolvimento (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). O assunto foi tratado com Dilma e com o ex-presidente. Blairo quer ser contado na cota pessoal de Dilma, assim como Fernando Pimentel.
Fernando Pimentel, um dos mais influentes políticos do PT, sonha em governar o Estado de Minas Gerais que está há mais de 12 anos sob domínio dos tucanos, mas não quer ser desalojado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tenta convencer a presidente Dilma Rousseff a manter como titular da pasta o atual secretário executivo, Ricardo Schaefer, homem de sua confiança.
Só que decidida a não correr riscos em sua empreitada em busca de um novo mandato, Dilma Rousseff retomou, aconselhada por Lula que está fazendo o meio campo partidário, em ampliar a participação dos partidos aliados em sua administração, o que deverá colocar no Ministério nada mais nada menos do que três siglas, o Partido da República, de Blairo Maggi; o recém criado Partido Republicano da Ordem Social (PROS); o Partido Progressista (PP) e o PTB, além de não deixar partidos como o PDT saírem de sua base eleitoral.
Ontem mesmo a presidente da República confirmou a imprensa que até o final do ano promoverá alterações em seu ministério aproveitando que parte dos titulares deverá disputar as eleições gerais em 2014. Essa mexida no primeiro escalão vai ter consequências na disputa eleitoral nos Estados, como no caso de Mato Grosso, pois se confirmada a ida de Maggi para o MDIC ou para qualquer outro Ministério, seria um nome a menos na disputa pela sucessão do governador Silval Barbosa que pertence ao PMDB partido aliado que deverá estar coligado com o PT e com o PR na sucessão estadual.