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Policia MT
Terça - 17 de Dezembro de 2013 às 07:09
Por: THIAGO ANDRADE

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Foram apreendidos documentos e computadores em empresas
Foram apreendidos documentos e computadores em empresas
Duas empresas ligadas a obras da Copa de 2014 foram alvo da Polícia Federal na terceira fase da operação Ararath, que apura fraude contra o sistema financeiro e crimes contra a administração pública. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, ontem (16). 


 
Logo pela manhã a PF apreendeu documentos e discos-rígidos de computadores na sede do consócio Planservi-Sondotécnica, responsável pelo gerenciamento das obras do Veículo Leve sobre Trilho (VLT). 


 
Pela Secopa, a empresa recebeu pouco mais de R$ 8 milhões do governo do Estado, desde janeiro. Outros R$ 28 milhões estão empenhados. 


 
O valor total do contrato é de R$ 46.988.051,52. Ele foi celebrado depois de uma licitação por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Individualmente, tanto a Planservi quanto a Sondotécnica tambémpossui contratos com o Estado. 


 
A sede da empresa Guaxe-Encomind Engenharia, em Tangará da Serra, também foi alvo da Operação, tendo documentos apreendidos. Ela é responsável pela construção da avenida Parque do Barbado, que ligará as avenidas Fernando Correa e Archimedes Pereira Lima, pelo valor total de R$ 23.034.586,02, já empenhados, mas ainda não-pagos. 


 
No entanto, foi a aquisição da Encomind pela Guaxe, no início deste ano, que levantou suspeitas da PF. O motivo foi o baixo valor pago pela empresa. 


 
Segundo a PF, dos nove mandados cumpridos, sete foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, localizado em Cuiabá. O motivo das apreensões, no entanto, não foi divulgado, já que a investigação corre em segredo de Justiça. 


 
Por meio da assessoria, a Secopa informa acreditar que a Operação não tem relação com as obras do VLT e que aguardará um posicionamento da PF antes de tomar qualquer atitude. 


 
Durante a entrega da rotatória de acesso ao bairro Santa Rosa, ontem, o titular da Pasta, Maurício Guimarães, não quis comentar o assunto. O governo, no entanto, não descarta um pedido de investigação à Auditoria Geral do Estado (AGE). 


 
Na primeira fase da operação Ararath, a PF investigou possível fraude ao sistema financeiro por parte da Globo Fomento, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012. Já rede de postos de combustível Amazônia Petróleo, de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, era acusada de lavagem de dinheiro. 


 
Num segundo momento, após gravações telefônicas, as investigações apontaram suposta comercialização de sentenças. Chegou-se, então, ao bacharel em Direito Tiago Vieira de Souza Dorileo, apontado como “lobista de sentenças”, além de um elo entre a empresa Ecomind Engenharia, Comércio e Indústria Ltda. e o juiz federal Julier Sebastião da Silva. O ex-presidente do Detran, Giancarlo Castrillon, também foi alvo, acusado de tráfico de influência. 


 
Parte do inquérito foi remetida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que pode significar envolvimento de detentores de cargos como de governador, deputado federal, senador ou conselheiro do Tribunal de Contas. 





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