Ao menos três pessoas morreram e mais de 125 mil foram retiradas de suas casas na região central das Filipinas após a chegada do supertufão “Haiyan”, o mais forte do ano e provavelmente o mais potente da história na região, que ainda atinge o arquipélago, com rajadas de vento de até 275 km/h.
Duas pessoas morreram eletrocutadas, atingidas pela rede elétrica derrubada pelos fortes ventos. Outra pessoa morreu golpeada por um poste, arrancado pelo tufão. As informações foram veiculadas pelo Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres.
Outras sete pessoas se feriram, a maior parte atingidas por objetos levados velos ventos, informou Reynaldo Balido, porta-voz do organismo filipino.
Tufão Haiyan atinge Filipinas com rajadas de 275 km/h. (Foto: AP Photo / Chester Baldicantos)
O governo informou que cerca de 125 mil pessoas de 22 províncias foram alojadas em 109 centros de emergência.
O supertufão Haiyan atingiu o solo das Filipinas na madrugada desta sexta-feira (8) - hora local. A tempestade mais poderosa do planeta neste ano começou a atingir o continente entre as ilhas centrais filipinas de Samar e Leyte, informou o serviço meteorológico do estado.
O tufão tocou o solo com rajadas de 275 km/h. A tempestade, graduada na categoria 5, a mais severa, colocou todo o país em alerta máximo.
Haiyan está sobre a ilha de Samar, 600 km a sudeste da capital Manila, após tocar a terra na cidade costeira de Guiuan, às 4h40 locais, disse à AFP o meteorologista Romeo Cajulis.
A tempestade é tão grande em diâmetro que as nuvens já estão afetando dois terços do pais e se estendem por 1.850 km, informou a CNN.
Autoridades das Filipinas já haviam interrompido os transportes em mar e ar nesta quinta-feira (7), e pediram às embarcações pesqueiras para retornar aos portos devido à proximidade do supertufão.
O presidente filipino, Benigno Aquino, também apelou aos cidadãos para que deixassem as zonas de risco. "Estou pedindo pela cooperação e um trabalho em equipe da comunidade", disse em rede nacional de TV e rádio.
Destroçoes flutuam em uma estrada coberta pela inundação provocada pelo supertufão Haiyan, na cidade de Tacloban, nas Filipinas, neta sexta-feira (8). (Foto: Reuters)
Aquino disse que 100 áreas costeiras estão sob ameaça da tempestade, com ondas maiores do que 5 ou 6 metros, e ordenou a ação de autoridades locais para limitar o dano e a perda de vidas.
Milhares de moradores foram retirados do litoral, margens de rios e encostas das montanhas para locais seguros, enquanto veículos militares de transporte estão de prontidão.
Ventos e chuva forte castigam áreas no caminho da tempestade, e o gabinete meteorológico do país elevou os níveis de alerta em 22 regiões centrais das Filipinas.
Cerca de 10 milhões de pessoas podem ser afetadas pela tormenta, disseram agências internacionais de ajuda humanitária que preparam para agir em sequência à tempestade. "O impacto humanitário do Haiyan ameaça ser colossal, não somente em áreas diretamente em sua trajetória, mas também em ilhas próximas como a de Bohol", disse Patrick Fuller, membro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
O governo ressaltou que tem três aviões de carga C-130 prontos para atender a população, assim como 32 aviões e helicópteros da Força Aérea, disse o presidente. Funcionários também deslocaram suprimentos nas áreas que deverão ser atingidas, completou Aquino.
Moradores da cidade de Legazpi, na província de Albay, ao sul de Manila, são evacuados nesta quinta-feira (7) (Foto: Carisma Z. Sayat/ AFP)
Guarda Costeira das Filipinas verifica barcos para ajudar na passagem do tufão Haiyan pelo país (Foto: Bullit Marquez/ AP)
Imagem de satélite do tufão se aproximando das ilhas das Filipinas (Foto: AP)