O Senado americano aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei para proteger gays, lésbicas e transexuais de discriminações sofridas no trabalho.
O "Ato de Não Descriminação no Trabalho" (ENDA, na sigla em inglês) foi aprovado com 64 votos a favor e 32 contra.
Tudo indica, porém, que o projeto não deve virar lei porque enfrenta resistências na Câmara, que, ao contrário do Senado, tem maioria republicana. O líder da Câmara, John Boehner, já anunciou que não apoia a medida porque pode causar danos às empresas e provocar uma enxurrada de ações na justiça.
No Senado, dez republicanos e os 54 democratas votaram a favor da medida. "O trabalho simplesmente não é lugar para discriminação", disse a senadora republicana Susan Collins.
O presidente americano, Barack Obama, que fez dos direitos dos homossexuais um pilar de sua plataforma de reeleição em 2012, comemorou imediatamente a aprovação da lei, porque "ninguém deveria perder jamais seu trabalho simplesmente por quem são ou a quem amam".
A lei federal americana proíbe a discriminação com base no sexo, raça e origem das pessoas. No entanto, não impede que um empregador demita ou se recuse a contratar alguém por ser gay, lésbica, bissexual ou transgênero.
A passagem do projeto de lei pelo Senado demonstra o avanço do país na defesa dos direitos dos homossexuais, mesmo que não se torne lei. Em junho, o Supremo Tribunal Federal dos EUA já havia garantido o casamento gay e concedeu benefícios federais a casais do mesmo sexo legalmente casados.