O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que registrou um crescimento de 0,57%, apresentou um "bom resultado", segundo avaliação feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (7).
É um IPCA normal para esta época do ano, quando você começa a ter alguns aumentos de alimentos ou de produtos que estão na entressafra, como carne"
Guido Mantega
Em 12 meses até outubro, o IPCA avançou 5,84% – abaixo dos 5,86% de setembro e seguindo dentro da meta de inflação do governo federal, que permite que o IPCA oscile entre 2,5% e 6,5%. Em outubro do ano passado, o indicador havia ficado em 0,59%.
"O IPCA veio abaixo das expectativas do mercado. É um IPCA normal para esta época do ano, quando você começa a ter alguns aumentos de alimentos ou de produtos que estão na entressafra, como carne. Mas está menor do que se esperava. Significa que é um bom resultado. Esperamos continuar assim nos próximos meses", declarou o ministro Guido Mantega.
De acordo com a mediana das expectativas de mais de 100 analistas, consultados pelo Banco Central na última semana, por meio da pesquisa Focus, a estimativa para o IPCA de outubro estava exatamente em 0,57% - resultado divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira. Entretanto, outros levantamentos apontavam para um índice um pouco maior, de 0,60%, no mês passado.
Decomposição do IPCA
Em outubro, entre os preços de itens pesquisados pelo IBGE, o de carnes exerceu o maior impacto, com 0,08 ponto percentual do IPCA. O alimento ficou, em média, 3,17%, mais caro, chegando a 5,85% na região metropolitana de São Paulo, segundo a pesquisa.
Também tiveram destaque as altas de preço do tomate. O aumento médio foi de 18,65%, mas subiu 52,69% na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Pressionado pelo avanço de preços desses e de outros produtos, o grupo de gastos com alimentação e bebidas subiu 1,03% em outubro, acima dos 0,14% de setembro - se tornando o maior responsável pela aceleração do IPCA, já que representou 44% do índice.
Apesar de o peso maior ser o do grupo de alimentos em outubro, foi o de vestuário que registrou a maior variação de preços: de 1,13%, após ficar em 0,63% no mês anterior. Dentro desse grupo, as roupas femininas tiveram alta de 1,34% e as masculinas, de 1,28%.