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Quinta - 07 de Novembro de 2013 às 07:22
Por: ALECY ALVES

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As deficiências estruturais do Pronto-Socorro de Cuiabá prejudicam e revoltam pacientes e familiares
As deficiências estruturais do Pronto-Socorro de Cuiabá prejudicam e revoltam pacientes e familiares
Pacientes e familiares denunciam o caos no Pronto Socorro de Cuiabá. Superlotado e sem elevador há pouco mais de um mês, pacientes que deveriam ser levados para a ala principal de internação, que fica no quarto andar, estão espalhados por corredores em macas, poltronas e no chão. 


 
Somente na Sala Verde, onde ficam os casos de média complexidade a espera por exames e cirurgias, ontem à tarde havia 37 pacientes em acomodações improvisadas. Risalva Dias, que acompanha o tio que caiu e sofreu uma fratura, está indignada com a situação. 


 
Conforme ela, há pacientes com as mais diversas enfermidades, desde doente de aids até um acusado de estupro que sofreu tentativa de linchamento. Com tantos doentes e acompanhantes disputando espaço, o clima tornou tenso na unidade hospitalar. 


 
Outro paciente decidiu denunciar, via telefone, o drama. L.D.C., 33 anos, diz que o atendimento é precário por causa da superlotação. “Impossível assegurar assistência nessas condições. É um desrespeito”, desabafa. 


 
A presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Elza Queiroz, disse que esteve no PSMC há pouco mais de duas semana, a pedido dos médicos, para verificar a superlotação e a falta de elevador. Ela confirmou a permanência de pacientes que deveria subir para os leitos de internação nas salas e corredores da emergência e seus anexos. 


 
Na ocasião, explica a presidente do Sindicato, a diretoria do hospital assumiu o compromisso de acionar o Ministério Público e a Defensoria com o objetivo de viabilizar a transferência dos pacientes para hospitais da rede conveniada ou particulares. 


 
Já era do conhecimento dos gestores da Saúde municipal, lembra ela, que o conserto do elevador seria demorado e, portanto, a situação poderia se complicar. A ideia de informar ao MP e Defensoria, observa Elza Queiroz, era a maneira de buscar apoio para a compra emergencial de vagas, sem licitação, na rede hospitalar privada. 


 
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconheceu que o Pronto Socorro está superlotado, com pacientes no chão, mas diz que a situação deve melhorar com o conserto de um dos elevadores, cuja conclusão está prevista para esta sexta-feira. O segundo elevador, porém, não se sabe quando voltará a funcionar, pois o conserto depende da fabricação improvisada de uma peça. A assessoria da SMS informou que além de consertar os equipamentos, a prefeitura contratou uma empresa para fazer manutenção.





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