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Economia
Segunda - 16 de Dezembro de 2013 às 13:05
Por: DÉBORA SIQUEIRA

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O Procon estadual autuou o Hotel Roari, localizado no bairro Bandeirantes, por aumento considerado "abusivo" das diárias, de R$ 510 para R$ 4,1 mil, para o período de 24 a 26 junho de 2014, dias em que serão realizados os jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.


 
A comercialização era feita por meio dos sites www.decolar.com e www.booking.com.


 
A informação chegou ao órgão de defesa do consumidor por meio de uma denúncia. Conforme o gerente de Fiscalização do Procon, Ivo Vinícius Firmo, foram feitas apurações imediatas e se constatou o aumento abusivo das diárias. 


 
“Também fizemos o monitoramento de redes sociais, e encontramos reclamações que reforçaram a denúncia recebida. O Hotel Roari e os dois sites foram autuados por elevação de preços sem justa causa, prática abusiva vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. Após a fiscalização, o hotel e os sites retiraram a comercialização das diárias nestes valores exorbitantes”, informou. "Precisamos explorar o turismo, nunca o turista. Temos que pensar a longo prazo, em fazê-lo retornar"


 
Em outubro de 2013, o órgão fiscalizador realizou ações de monitoramento de preços em Cuiabá e Várzea Grande, para prevenir aumentos abusivos. Naquele período, a diária máxima no Roari Hotel, para a suíte master, era de R$ 510.


 
O relatório do Procon com as informações detalhadas será encaminhado à Delegacia do Consumidor (Decon) para apuração do ocorrido na esfera criminal. Os estabelecimentos estão sujeitos à multa de até R$ 6 milhões.


 
“O Procon Estadual está acompanhando e monitorando constantemente os preços, a fim coibir qualquer tipo de abuso do mercado. Seremos rigorosos na fiscalização, pois atitudes como essa, além de lesarem direitos, sujam a imagem do Estado", afirmou a superintendente do Procon-MT, Gisela Viana. 


 
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes, Luís Carlos Nigro, informou que cerca de 80% dos hotéis de Cuiabá e Várzea Grande comercializaram as diárias para a Match, empresa que vende ingressos e diárias para os turistas.


 
“A Match tem uma série de produtos e serviços e, por isso, agrega esse sobrepreço. Ela comercializa e repassa os valores aos hotéis. Não são os mesmos preços praticados comumente, mas não são exorbitantes. Hoje, o preço da baixa temporada é de R$ 240 a R$ 260, e vendido a pouco mais de R$ 300 para a Match”, explicou Nigro. 


 
Durante a Copa do Mundo, será criado um Comitê de Defesa do Consumidor para a Copa que, terá entre os membros, representantes do Sindicato dos Hoteis, Bares e Restaurantes, Ministério Público, Procon e Abav (Associação Brasileira de Agentes de Viagens). 


 
“Precisamos explorar o turismo, nunca o turista. Temos que pensar a longo prazo, em fazê-lo retornar”, disse o empresário. 


 
Outro lado


 
A subgerente do Hotel Roari. Cintia Cortez, disse ao MidiaNews que, após a autuação pelo Procon, o valor foi retirado dos sites, a pedido do estabelecimento.


 
 Ela disse ainda que, por força de contrato com esses sites, tinha que disponibilizar pelo menos um quarto para o período da Copa do Mundo. 


 
“Colocamos preço irreal para que ninguém comprasse mesmo. Nós ainda não temos tarifa para a Copa e, por isso, colocamos preço que não fosse para vender, mas para disponibilizar um quarto”, disse. 


 
Cíntia ainda disse que, após o hotel definir um valor, vai comunicar aos sites de venda. 


 
Segundo ela, o gerente do hotel já esteve no Procon e informou a situação. O órgão deu prazo de 10 dias para a defesa escrita do estabelecimento.





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