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Segunda - 04 de Novembro de 2013 às 13:26
Por: Darwin Júnior

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Embora a presidente Dilma Rousseff tenha prometido apoio para a implantação de novos modais em todo o país, o prefeito Mauro Mendes não se interessou pelo BRT (Bus Rapid Transit) e preferiu mais recursos para asfalto, dispensando a instalação de corredores especiais de ônibus em Cuiabá. Esta é a terceira vez que o prefeito muda de ideia quanto ao BRT. Quando assumiu a administração municipal, ele tinha planos para implantar o BRT. Em maio, ele desistiu da proposta. Há cinco meses (junho), o projeto foi retomado. Porém, neste final de semana, o gestor deu o tiro de misericórdia e optou pela dispensa BRT.


Para descartar de vez o projeto que foi anunciado no final do ano passado pelo então prefeito, Chico Galindo como uma de suas conquistas para a cidade, Mauro Mendes argumentou a capacidade de endividamento do município que em sua visão, “precisa de ações mais urgentes e por isso, outros projetos têm prioridade”. Segundo ele, a cidade estaria precisando de mais asfalto e não do BRT.

O BRT cuiabano que deveria ter pelo menos dois ramais – um dos trechos ligaria o novo Parque de Exposições, na saída para Santo Antônio do Leverger à avenida Fernando Corrêa da Costa – e seria usado como ligação com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que já está sendo implantado em Cuiabá e Várzea Grande. O projeto foi aprovado pelo Governo Federal no ano passado através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC da Mobilidade Urbana). Outras cidades foram contempladas com recursos para melhoria do transporte em grandes cidades que hoje enfrentam problemas com trânsito.

Diante de uma possível reação negativa da sociedade cuiabana, Mauro Mendes tratou de explicar que a instalação dos corredores de ônibus – sistema já considerado ultrapassado em grandes centros – poderia comprometer a saúde financeira da prefeitura. De acordo com levantamento feito por técnicos da prefeitura, o Município tem apenas R$ 250 milhões de capacidade de endividamento e seria necessário um financiamento de R$ 80 milhões para garantir a implantação do modal de ônibus. Isso significa o comprometimento de 30% do valor dessa capacidade.

A decisão de descartar o projeto do BRT foi tomada há alguns dias, mas anunciada oficialmente neste final de semana. Após uma avaliação do quadro da mobilidade urbana da capital, Mauro Mendes chegou à conclusão que é melhor optar por mais asfalto. O gestor ressalta a necessidade de levar o asfalto a todos os bairros. Ele pontua que o melhor para a população cuiabana é asfaltar os bairros e não implantar duas linhas de BRT. “O asfalto é muito mais urgente”, salienta, lembrando que os recursos do BRT não são a fundo perdido e teriam que ser pagos pelo Município.

O BRT é um sistema utilizado como transporte coletivo rápido em grandes cidades. O Governo do Estado chegou a preparar um projeto de instalação de corredores em Cuiabá (custo aproximado de R$ 400 milhões), que havia sido aprovado pelo BNDES como o modal de Cuiabá para a Copa do Mundo. No entanto, o Estado mudou sua opção para o VLT (R$ 1,4 bi) considerando que o primeiro sistema é ultrapassado e demandaria muitas desapropriações.






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