A Câmara de Cuiabá realiza hoje duas sessões extraordinárias para limpar a pauta de votação. De acordo com o Regimento Interno, o ano legislativo encerra no dia 22. No entanto, a expectativa é de que o ano seja encerrado amanhã, com a votação do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2014, última matéria a ser votada. Cuiabá supera em 2014 a marca de R$ 2 bilhões em arrecadação, o que demonstra a superação de dificuldades e o trabalho ao longo dos últimos oito anos realizados pelo secretário Guilherme Muller.
A celeridade neste final de ano, no trabalho dos vereadores é creditada ao novo presidente, Júlio Pinheiro (PTB) que sinaliza pelo entendimento com o Palácio Alencastro e tem participado aos demais vereadores que é preciso demonstrar eficiência.
Para a sessão de hoje, alguns temas polêmicos devem entrar em debate, como o reajuste do salário dos secretários adjuntos que nem chegou a tramitar na Casa de Leis e já foi retirado a pedido do prefeito Mauro Mendes (PSB) para alterações ou mesmo correção de alguns valores. Com salários abaixo do mercado, Mauro Mendes tem apontado para dificuldade em contratar bons técnicos diante da remuneração incompatível se comparada com a iniciativa privada.
A matéria foi retirada de pauta na sessão extraordinária da última sexta-feira (13), a pedido do líder do Executivo, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), para algumas adequações. Entre elas, deve estar a equiparação do cargo de diretor do CuiabaPrev ao DGA que será aplicado aos secretários adjuntos.
As sessões acontecem às 14h e 16h. Além das matérias, a grande expectativa é quanto ao vereador Onofre Júnior (PSB), que deixou de comparecer às sessões desde que Júlio Pinheiro (PTB), foi eleito presidente.
Ele ingressou com um Mandado de Segurança para retomar o cargo e a situação causou um clima de instabilidade política e administrativa. O parlamentar já faltou em três sessões e só conseguiu justificar a ausência em uma delas. Caso sejam registradas três ausências em um mês, o socialista poderá ser destituído da vice-presidência.
É aguardado para hoje a decisão da Justiça, sob responsabilidade do juiz Roberto Seror, que se for favorável a Onofre Júnior tende a deixar o Legislativo em situação ainda mais difícil.