Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran) vão decidir nesta sexta-feira (1), em assembleia, se vão continuar ou não com a greve, que já dura há 11 dias. A categoria esteve reunida nesta quinta-feira (31) com o secretário chefe da Casa Civil, Mário Nadaf, para discutir a pauta de reivindicações, no entanto, o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) ressalta não ter tido muitos avanços.
“Em algumas pautas tivemos avanço, mas em outras como a terceirização da vistoria veicular e ambiental, e também como a lei complementar que garante recursos para o Detran, o governo não abre mão. Vamos levar para a categoria decidir se aceita ou não a proposta”, declarou o presidente do sindicato, Veneranda Acosta.
Os servidores entraram em greve para reivindicar a realização de concurso público e, consequentemente, a redução de cargos comissionados; a reestrururação organizacional, além de repasses de recursos "emergenciais" para dar condições de trabalho necessárias para os servidores que atuam na sede do Detran e nas Ciretrans. De acordo com a assessoria do sindicato, os funcionários também pedem a devolução de servidores cedidos para o Detran por prefeituras e outras secretarias que estão ocupando vagas de candidatos classificados, revogação da lei complementar que terceiriza o setor de vistoria veicular/ambiental e publicação de uma lei complementar que defina recursos mensais para o Detran poder funcionar.
Na tarde desta quinta-feira, entre as propostas apresentadas, houve avanço apenas quanto a melhoria no sistema Detrannet com operadores de informática do Detran que hoje é feito pelo Cepromat ao custo de R$ 5 milhões por mês. Também sobre a devolução dos servidores de prefeituras e de outras pastas do governo que estão cedidos para o Detran. Segundo o órgão, os concursados serão chamados e a reestruturação do organograma deve ser feita em 30 dias.
Por outro lado, não houve acordo sobre concurso para médicos e psicólogos que atualmente funciona como uma cooperativa terceirizada, além da questão da terceirização da vistoria veicular ambiental.
Todos os itens discutidos vão ser debatidos pela categoria, durante assembleia geral, previsto para as 8h30, no auditório do Detran. O governador Silval Barbosa considera que o "o movimento é livre". Porém, pontua que, apesar dos grevistas pedirem mais investimentos ao órgão, somente neste ano já foram repassados R$ 36 milhões ao Detran.
