Funcionários da Polícia Federal em Mato Grosso paralisaram as atividades nesta quinta-feira (31) em adesão ao movimento nacional que cobra melhorias das condições de trabalho da categoria. São 24 horas com as atividades parcialmente suspensas. O Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso informou que entre as reivindicações da classe estão o aumento de efetivo, amparo psicológico, plano de carreira e aumento de salário.
Em Cuiabá, a paralisação teve início às 8h e deve permanecer durante todo o dia. O prédio da Superintendência Regional da PF, na capital, foi ocupado por manifestantes que fizeram uma carreata até o aeroporto de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. “Vamos fazer panfletagem aqui [no aeroporto] e dar continuidade à paralisação”, disse o policial Paulo Gomes.
Segundo ele, um canil que havia sido inaugurado há quatro meses em Cuiabá já foi desativado por falta de recursos. Gomes também afirmou que, no início deste ano, quando houve indicativo de greve próximo à Copa das Confederações, o governo "acalmou" a situação prometendo um diálogo, que, conforme o sindicalista, ainda não foi realizado. “O governo nos pediu um voto de confiança e nós demos, mas a Copa acabou e não enviaram uma mesa de negociação”, afirmou.
Não estão sendo prestados os serviços internos, como procedimentos de investigação e diligências. Já o serviço de plantão e entrega de passaportes foi mantido, em Cuiabá. De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), cerca de 70% da corporação aderiu à paralisação. Cerca de seis mil policiais ou agentes federais do total de nove mil estão paralisados.
