A pavimentação de uma rodovia geralmente vem para trazer melhorias no tráfego de veículos, entretanto, a pavimentação asfáltica realizada na MT-480, região de Tangará da Serra, deu origem a um novo problema: aterrou a cabeceira de dois córregos que dão origem a maior planície alagada do mundo, o Pantanal.
O dano ambiental foi constatado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Sepotuba, durante visita do grupo em toda extensão do rio Sepotuba. Além de denunciar a ‘irregularidade’ da obra, presidente do Comitê, Décio Eloi Siebert, questionou a liberação de alvará ambiental para a pavimentação da rodovia estadual.
“O que vemos em nossa região de Tangará da Serra é um absurdo. Essa pavimentação aterrou a cabeceira de dois córregos e o que se vê lá é uma barbaridade e pasmem; essa obra está licenciada”.
O presidente do comitê destaca que existem vários equívocos acontecendo em toda a extensão do rio Sepotuba. Dentre os prejuízos ambientais está o assoreamento dos rios e desrespeito à áreas que deveriam ser preservadas.
“Durante a nossa expedição no rio Sepotuba percebemos a concentração de uma grande quantidade de bancos de areia, e, isso ocorre exatamente em áreas que vem da nascente do Pantanal”, constata.
Segundo Siebert, ”esse são locais extremamente frágeis e deveriam ser conservada”.
De acordo com o comitê, apesar de essas áreas serem consideradas frágeis, “o fato foi atropelado no zoneamento e essas áreas foram colocadas como áreas passíveis de utilização”.