Policiais federais de Mato Grosso aderem a paralisação nacional e vão às ruas protestar contra o descaso do Governo Federal. Parte dos serviços excetuados pela Polícia Federal no Estado serão suspensos durante todo o dia. Em Cuiabá desde às 8 horas, desta quinta-feira (31) estão reunidos na sede da PF e seguindo o cronograma nacional eles devem deslocar-se no decorrer do dia para o aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande.
Presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso, Erlon José Brandão, comenta que a intenção da PF é participar da paralisação que acontece em todo o Brasil para ver a atitude do governo em relação a segurança pública no Estado. “Caso não sejam atendidas as reivindicações podemos paralisar nossas atividades durante a Copa do Mundo de 2014”. Segundo Brandão no Estado atuam cerca de 300 policiais efetivos. Na região de Cáceres que faz fronteira com Bolívia trabalham apenas 40 profissionais. “Estamos somente nesta região de fronteira devido a falta de policiais.
O correto seria atuar nos 800 quilômetros de fronteira que existe no Estado, mas a falta de efetivos nos impede”. Além de melhores instalações de fronteiras no combate ao crime e aumento no número de policiais efetivos, a PF ainda luta por plano de carreira, amparo psicológico, valorização dos EPs (escrivães, papiloscopistas e agentes), fim da perseguição e do assédio moral.
Ainda segundo a Federação, atualmente o Governo Federal repassa as competências da PF para o Exército, e promove o sucateamento institucional do órgão através do corte de investimentos pelas terceirizações ilegais nos aeroportos e principalmente pela desvalorização do investigador da PF em relação às demais carreiras públicas. Em pesquisa realizada recentemente com 1.732 mil policiais federais foi constatado que 94% deles acreditam que a falta de investimentos na categoria é devido as investigações sobre corrupção no país.
