Nesta quinta-feira (31), a Federação Nacional dos Policias Federais e os Sindicatos filiados, protestam para chamar a atenção da sociedade, para a situação caótica da Polícia Federal. O protesto ocorrerá em todo o país. Em vários aeroportos das capitais, serão distribuídos panfletos explicativos, sobre o descaso do governo Federal com a PF, que segundo a categoria, tem promovido um boicote oficial aos agentes federais, como castigo pelas operações anticorrupção.
Em Mato Grosso, segundo o membro do Sindicato dos Policiais Federais, Paulo Gomes, a concentração será na sede da PF, em Cuiabá, a partir das 8h. Eles seguirão o cronograma nacional e vão se deslocar até o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Segundo Gomes, são cerca de 240 efetivos, distribuídos em todo o estado. Mas participarão do protesto, apenas os da Capital. “O número de policiais só diminuem. Cada operação que fazemos, sofremos retaliação. O governo Federal quer que a PF acabe. Em Mato Grosso, estão diminuindo os efetivos. Tínhamos dois cachorros e um canil recém inaugurado que já foi desativado e os animais levados embora”, disse.
De acordo com a Federação Nacional, a luta da PF é por melhores instalações de fronteiras no combate ao crime, aumento do número do efetivo policial, plano de carreira, amparo psicológico, valorização dos EPAs (escrivães, papiloscopistas e agentes), fim da perseguição e do assédio moral, além de outras reivindicações. Se com o protesto não houve melhoras no setor, a Polícia Federal poderá paralisar as atividades durante o evento mais importante do mundo, que será realizado no ano que vem, no Brasil, a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com a Federação, atualmente, o governo Federal repassa as competências da Polícia Federal para o Exército, Força Nacional e promove o sucateamento institucional do órgão, através do corte de investimentos pelas terceirizações ilegais nos aeroportos e, principalmente, pela desvalorização do investigador da PF em relação às demais carreiras públicas. Pesquisa realizada recentemente com 1.732 policiais federais revelou que 94% dos policiais federais acreditam que a atual falta de investimentos na entidade é um castigo pelas investigações sobre corrupção.
