O Governo do Estado foi finalmente na tarde de ontem notificado pelo Poder Judiciário da decisão denegatória de recurso contra o afastamento do secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, que tem sua presença no 1º escalão do governo Silval Barbosa (PMDB) fragilizada por um problema do passado.
O próprio governador Silval Barbosa (PMDB) durante solenidade de inauguração de obras da Copa do Mundo, lembrou que os problemas de repasses de recursos da saúde para os municípios que motivaram o pedido do Ministério Público acatado pela Justiça em 1º Grau já foram sanados após um acordo mediado com a Associação Matogrossense dos Municípios - AMM e que restariam cerca de R$ 8 milhões a serem quitados ainda no mês de novembro próximo.
“Os motivos que levaram ao seu afastamento já não existem mais”, explicou o governador sinalizando que o problema da saúde é uma questão de caixa do Tesouro que tem limitações. “Existem leis, regras que não podem ser descumpridas e não é porque somos governo que podemos tudo”, disse o chefe do Executivo.
Na Assembleia Legislativa os rumores entre os deputados que sempre foram críticos do titular da Saúde que assumiu no início deste ano era da sua iminente saída.
“O próprio secretário me confidenciou que não tem mais estimulo em permanecer a frente da pasta, pois por mais que trabalhe e se dedique, sempre prevalece questões políticas acima das questões práticas e de interesse geral no atendimento a população”, disse um parlamentar estadual que lembrou estar o problema nos altos custos praticados pela saúde pública de uma maneira em geral. “Alguém aí sabe dizer que existe um lugar no Brasil onde a saúde pública não esteja em crise?”, questionou o deputado que prefere não aparecer diante da polêmica do assunto.
Mesmo a Procuradoria Geral do Estado falhando por duas vezes em recorrer da decisão de afastamento do secretário que não está despachando, o governo não tem uma solução aparente para o impasse na Saúde Pública.