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Terça - 29 de Outubro de 2013 às 19:35

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, destacou hoje ao detalhar o Projeto Centro-Oeste Competitivo, que prevê obras infraestruturais até 2020, a necessidade de uma rede de transportes integrada e eficiente para facilitar a distribuição dos produtos e aumentar a competitividade brasileira. Segundo Andrade, existem carências e oportunidades de investimento nos diversos modos de transporte, especialmente no setor ferroviário.

O estudo divulgado pela CNI e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indica obras para o Centro-Oeste cuja execução poderá gerar economia de R$ 7,2 bilhões anuais no escoamento da produção para os mercados interno e externo. De acordo com o projeto, que analisou a situação das regiões produtoras do Distrito Federal, de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a execução das obras indicadas poderá gerar economia equivalente a R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção para os mercados interno e externo.

Conforme dados da CNI, a malha ferroviária brasileira tem apenas 3,5 quilômetros de infraestrutura instalada por mil quilômetros quadrados de área. No México e na China, ela chega a 9 quilômetos e, nos Estados Unidos, a 22,9. Segundo a CNI, a carência do Brasil nesse segmento dificulta a adequação do setor produtivo aos padrões de competição no mercado internacional.

Além dos problemas da infraestrutura física, o estudo diz que a falta de vias adequadas nos cruzamentos em cidades, rodovias e pontes é um dos fatores que impedem maior velocidade média dos trens. O projeto destaca ainda a necessidade de conclusão da Ferrovia Norte-Sul e da BR-163 e de modernização das hidrovias dos rios Paraguai e Madeira e atenção a rodovias da região que estão sendo utilizadas acima de sua capacidade. Segundo o estudo, a modernização das hidrovias poderá gerar economia anual de R$ 2,3 bilhões.

Robson Andrade enfatizou que a implantação de um sistema de infraestrutura logística integrando todos os modos de transporte exige planejamento cuidadoso e disse que "a indústria pode e quer participar" desse esforço. "Investimentos em transportes exigem longos períodos de tramitação nos órgãos do governo e de construção. Por isso, os projetos precisam ser bem estruturados com antecedência de 20 a 30 anos."

O estudo diz que o setor produtivo da região (indústria, agricultura e atividades extrativas) gasta R$ 31,6 bilhões por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste. A execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística eficiente trará uma economia anual de R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção, considerando-se o volume de cargas projetado para 2020.

Com previsão de investimentos de R$ 36,4 bilhões em 106 projetos prioritários até 2020, o projeto tem como objetivo desenvolver a infraestrutura de transportes do Centro-Oeste (estradas, ferrovias e hidrovias) para escoamento dos produtos da região. O projeto envolve o mapeamento da atual infraestrutura e a implantação de uma nova rede. O estudo identificou 15 cadeias produtivas e a necessidade de 308 obras de modernização e ampliação, a um custo aproximado de R$ 159 bilhões até 2020, entre elas as 106 consideradas prioritárias.

Entre os projetos prioritários, 48% dos recursos previstos são destinados a ferrovias; 23% a portos; 18% a hidrovias e 10% a rodovias. De acordo com a CNI, a execução das obras prioritárias poderá reduzir em 11,8% nas perdas totais causadas pela precariedade da infraestrutura de transportes, com economia equivalente a R$ 7,2 bilhões no escoamento para os mercados interno e externo, considerando-se o volume de cargas projetado para 2020. Atualmente, segundo dados da pesquisa, o setor produtivo do Centro-Oeste gasta R$ 60,9 bilhões por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da região.






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