A categoria está paralisada há mais de uma semana reivindicando principalmente melhorias estruturais no órgão. A manifestação nesta 3ª-feira (29) aconteceu na Avenida Brasil, em frente à Praça da Bíblia, com distribuição de panfletos aos motoristas. A servidora Joilsa Nobres explicou que a categoria não busca melhorias salariais. Para ela, em Tangará, seria necessária uma nova sede para a CIRETRAN, até porque o município tem hoje mais de 50 mil veículos na frota.
Segundo a servidora, diariamente faltam materiais de expediente para atender a população e os computadores muitas vezes não funcionam. “Na verdade, falta tudo. O sistema sempre fica fora do ar. Existem cargos comissionados que não tem necessidade e nós indagamos, por quê? O órgão arrecada em torno de R$ 1 milhão e 200 mil reais por dia”, declara a servidora.
Em Tangará da Serra durante a greve estão mantidos 30% da categoria trabalhando, como pede a lei. Dos 19 funcionários, 13 estão paralisados. “O que estamos reivindicando são situações estruturais e funcionais do DETRAN. Hoje o contribuinte paga altas taxas e impostos e isto não é revertido em serviços”, afirma Joilsa.
NEGOCIAÇÕES – O governo do estado já sentou com a categoria, mas ainda não formalizou uma proposta. E os servidores garantem que não retornam ao serviço enquanto não tiverem atendidas suas reivindicações. A população mostra-se solidária com os servidores do órgão, segundo a servidora. “A população é quem mais sofre com esta situação e estamos chamando para que nos apoiem já que diz respeito a nós mesmos. Eu falo como cidadã que tenho meu veículo que não concordo com as taxas e não concordo com os serviços”, declara.