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Sábado - 26 de Outubro de 2013 às 08:54

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A comissão processante que avalia os atos do presidente afastado da Câmara de Várzea Grande, Waldir Bento (PMDB), já começou a atuar. Nesta sexta-feira (25), os vereadores que compõem o grupo enviaram uma notificação ao peemedebista.

No meio político da cidade comenta-se que o objetivo da ação não é atingir apenas o presidente do Legislativo. O plano seria maior e teria como alvo principal o prefeito Walace Guimarães (PMDB). Em setembro, o DIÁRIO já havia noticiado a manobra, abafada naquele momento.

O presidente da comissão processante vereador Paulo Tolares, o Pedrinho (SDD), afirma que os trabalhos foram iniciados e que o Waldir corre o risco de ter o mandato cassado. Ele ressalta, no entanto, que o papel do grupo é constatar as irregularidades que foram apuradas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Pedrinho, como é conhecido na cidade, é o segundo-vice-presidente da mesa diretora. Mesmo com o cargo que ocupa, ele garante que desconhecia as contratações sem concurso público feitas por Waldir.

O parlamentar alega que o presidente afastado é centralizador em suas ações e, por isso, só soube da denúncia por meio da imprensa. “Essa gestão centralizadora foi mostrada claramente na votação”, diz, referindo-se ao fato de membros da própria mesa diretora terem votado pelo afastamento de Waldir por 180 dias.

No lugar do peemedebista, assumirá o vice-presidente, Leonardo Mayer (PROS). Ele afirma que seu primeiro ato será exonerar os servidores alvos da denúncia. Em seguida, Leonardo pretende se reunir com os vereadores na tentativa de acalmar os ânimos na Casa.

Ele também fez críticas à gestão de Waldir. Acusa o presidente afasto de não cumprir o Regimento Interno, tendo em vista que não comunicava aos outros membros da mesa as ações que estavam sendo desenvolvidas pelo Legislativo.

Leonardo, no entanto, nega a tentativa de um golpe na cidade para atingir o prefeito Walace Guimarães.

DENÚNCIA - Waldir Bento é investigado pelo MPE pela contratação de 16 funcionários de forma irregular. Na última quarta-feira (23), o vereador Fabio Saad (PTC) apresentou um requerimento com 11 assinaturas pedindo seu afastamento da presidência. Em sua justificativa, o vereador usou o inquérito da Promotoria.

O Regimento Interno da Câmara de Várzea Grande, todavia, prevê a necessidade de presença de 2/3 dos vereadores para que pedidos de afastamento possam ser apreciados. No momento da votação, havia apenas 15 parlamentares em plenário, o que deve dar margem para que o peemedebista tente reverter na Justiça a decisão.

INSTABILIDADE – Na gestão passada, os vereadores também afastaram do cargo o então prefeito Murilo Domingos (PR) e seu vice, Tião da Zaeli (PSD). A cidade passou por momentos de instabilidade política, tendo em vista que a manobra acabou resultando na passagem de quatro pessoas pelo comando do Paço Couto Magalhães: Murilo Domingos (PR), Tião Zaeli (PSD), João Madureira (PSC) e Maninho de Barros (PSD).
 






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